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Estreia 'Máscaras', a nova novela da Record


Num show de belas imagens, entrou no ar nesta terça-feira, às 22,15h, a novela de Lauro César Muniz: "Máscaras" (Record).

A trama teve início com Maria (Miriam Freeland) retornando de um cruzeiro marítimo, onde fora recuperar-se de um grande trauma: uma forte depressão pós-parto que a fez jogar o seu próprio filho num rio, próximo à fazenda onde mora. O seu marido Otávio (Fernando Pavão) vem para recebê-la de volta, ansioso por saber sobre o seu estado de saúde atual.

Olívia (Íris Brüzzi), a governanta de Maria, procura prepará-la para o reencontro, assim como Décio (Petrônio Gontijo), o seu psiquiatra. Maria está tensa e logo que vê o marido tem uma crise nervosa.

Desde o primeiro momento deu para perceber tratar-se de um texto denso, rico em dramaticidade. Já neste primeiro capítulo, os protagonistas (Miriam e Fernando) tiveram que dar o sangue em diversas cenas muito intensas. Em boa parte delas, puderam contar com a experiência e o talento de Gontijo.

A direção do competente Ignácio Coqueiro valorizou o drama, sem esquecer-se de agraciar o público com belíssimas imagens, como as do por do sol na baía da Guanabara.

O elenco pareceu estar entregue de corpo e alma para o trabalho. Heitor Martinez (Martim, irmão de Maria) e Giselle Itié (Manuela) apareceram pouco neste primeiro capítulo. Ela enfeitou a tela com a beleza de sua Manu, uma prostituta de luxo. Ele, sempre muito seguro, marcou presença com o seu 'adorável cafajeste'.

Umberto Magnani (Jeremias) entrou mudo e saiu calado em dez segundos de cena, mas já iluminou a tela com a sua presença. Daniela Galli e Karen Junqueira, as irmãs Valdez, tiveram um bom momento ao disputar a atenção do belo Guto Gomide (Daniel Aguiar).

Depois de cenas com um ritmo um tanto lento, acontece um rapto dos bebês que agita a novela. Nesta cena, o destaque ficou por conta da atuação emocionante de Valquíria Ribeiro (a também Maria), ama de leite do pequeno Tavinho, o filho que Maria Benaro quase afogara. A sua reação ao ser raptada junto às crianças, Tavinho e o seu próprio filho, valorizou o desfecho do capítulo de estreia de "Máscaras".
O veterano e talentoso autor Lauro César Muniz promete muita emoção no desenrolar da nova novela da Record. Junto ao jovem e não menos talentoso autor Renato Modesto, deverá envolver o público numa trama que já dá mostras de ser muito bem estruturada.
Um elenco de peso ainda está por entrar em 'Máscaras': Jussara Freire, Cecil Thiré, Bete Coelho, Roberto Bomtempo, Bemvindo Siqueira, Paloma Duarte, Jonas Bloch e Giuseppe Oristânio, entre muitos outros.

Afora algum ralentar de ritmo de algumas cenas, 'Máscaras' estreou bem e parece contar com bons elementos para ganhar o público. Ganha a emissora, que vem fazendo sensíveis progressos na teledramaturgia, e ganha o telespectador, que pode ter cada vez melhores opções nesse campo de entretenimento.

Pois que caiam as 'máscaras' e possamos aplaudir a nova novela da Rede Record!

Renato Kramer
Colunista do site F5

Minissérie “Rei Davi” tenta impressionar visualmente mas deixa a desejar

Faltou verdade nas falas de Rei Davi, a nova minissérie bíblica da Record que estreou nesta terça-feira (24/01/2012). Na boca dos atores, elas soaram declamadas, tal qual um jogral de igreja. Gracindo Júnior foi um dos únicos atores do elenco que transmitiu alguma verdade com seu personagem, o Rei Saul.

A caracterização da minissérie impressiona, para o bem e para o mal. A fotografia é interessante e os cenários são ótimos. Mas os figurinos femininos pecaram pelo colorido, que fez parecer um carnaval e destoou da unidade estética da atração. Já as perucas e apliques dos atores lembraram mesmo o Carnaval.


As cenas que exigiram efeitos especiais deixaram a desejar, o que ficou visível na sequência em que Davi luta contra um urso, e na que Samuel decapita um homem. O chroma-key só é bem usado quando não percebemos. Bem como os efeitos de computação gráfica que preenchem a tela. E eles foram fartamente utilizados neste primeiro capítulo. A Record já apresentou efeitos especiais melhores em Os Mutantes, em 2007.

A direção de Rei Davi preocupou-se mais em apresentar uma obra grandiosa de se ver na TV do que com a direção de seu elenco. Deveria ser o contrário, justamente por se tratar de uma obra bíblica, em que impressionar pelo texto bem interpretado é mais importante do que apenas pelo visual.

“O Brado Retumbante” é realidade disfarçada de ficção

A máxima televisiva “esta é uma obra de ficção e qualquer semelhança com nomes, fatos ou acontecimentos terá sido mera coincidência” deve ser seguida à risca para a minissérie global "O Brado Retumbante", que estreou nesta terça-feira (17/01/2012). Mas é impossível ficar imune a tantas referências com a realidade. Mesmo quando disfarçada de um “Brasil fictício”, ao que a atração se propõe – em que, por exemplo, a sede do governo foi transferida de Brasília de volta para o Rio de Janeiro.

A TV brasileira já apresentou várias críticas ao Governo e governantes de nosso país, recheadas de metáforas com a realidade – O Salvador da Pátria, Que Rei Sou Eu?, Vale Tudo, O Bem Amado, Roque Santeiro, O Rei do Gado. Mas nunca se escancarou tanto uma realidade disfarçada de ficção como na trama de "O Brado Retumbante", com personagens tão parecidos com os da vida real, em aparência ou atitudes – como os políticos e jornalistas que cercam o presidente protagonista.

O produto final é de uma qualidade inquestionável. A fotografia, a linguagem moderna e a temática remetem a alguns seriados da TV americana. Mas é no texto de Euclydes Marinho e seus colaboradores – Nelson Motta, Denise Bandeira e Guilherme Fiuza – que está o maior mérito da minissérie. Diálogos ágeis, irônicos, repletos de frases feitas, mas ácidas, com referências à história moderna de nosso país.

A direção segura – de Gustavo Fernandez em núcleo de Ricardo Waddington – prioriza o texto e valoriza a atuação dos atores. Domingos Montagner e Maria Fernanda Cândido apoiam-se em um elenco de coadjuvantes forte e interessante. Montagner vive o deputado Paulo Ventura, que vira Presidente da República da noite para o dia – literalmente – e tenta lidar com todas as consequências que isso lhe acarreta.

A audiência não correspondeu à qualidade da atração. "O Brado Retumbante" ficou poucos pontos acima do segundo lugar, o blockbuster A Hora do Rush 2 apresentado pelo SBT. Nesses tempos em que a “nova classe C” dita a programação da TV e comanda a audiência, é sempre bom festejar produções voltadas para um público “diferenciado”.

Nilson Xavier

Segundo internautas, Clara Medeiros é a personagem mais marcante de Mariana Ximenes

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Os internautas votaram e decidiram: 59% elegeram Clara Medeiros, vilã da novela "Passione", a personagem mais marcante da carreira de Mariana Ximenes.

Relembre dos três personagens mais marcantes da carreira da atriz com o vídeo:



Clara Medeiros

Cara de anjo, alma de demônio. Quando lhe interessa, aparenta amizade e desvelo, mas é uma mulher mentirosa, sem escrúpulos, que só quer tirar proveito das situações. Foi criada e explorada pela avó, por quem nutre ódio profundo. Na infância, foi abusada por Saulo orientada por Valentina. Adulta, trabalhou na casa dos Gouveia como cuidadora de Eugênio, que foi morto por ela e Saulo. Depois, vingou-se do vilão, matando-o com uma facada em uma cama de motel. Casou-se com Totó por interesse, planejou matá-lo, mas caiu em uma armadilha. Fugiu da cadeia e, depois de simular a própria morte, foi viver em uma ilha no Pacífico.

Ana Francisca

Ana Francisca de "Chocolate com Pimenta", foi um papel muito importante na carreira da querida Mariana Ximenes, a personagem foi humilhada por muitos no inicio da trama, mas depois de casar com Ludovico ela dá a volta por cima, e retorna á pequena cidade de Ventura. Disposta a se vingar de todos da cidade, Ana Francisca se rende a paixão e no final se casa com seu amor do passado Danilo, a novela também foi sucesso de audiência, já que era assinada por Walcyr Carrasco e tinha como diretor de núcleo Jorge Fernando.

Bionda

Bionda foi um dos personagens mais marcantes da carreira da atriz, por isso aparece em 3º lugar na enquete. A fascinante Bionda em "Uga Uga" foi uma verdadeira noiva fujona que divertia a todos. Para ficar enxuta e saudável, ela contou com a ajuda de um personal trainer nos dias de folga. "A Bionda pede que eu tenha muito pique. Eu quero manter a forma e ganhar resistência e não tenho a intenção de criar músculos" - disse Mariana na época em que interpretava a querida Bionda.

"Vidas em Jogo" estreia como filme de ação e prossegue como melodrama

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Em cena de "Vidas em Jogo", no ar dia 3 de maio de 2011, Ivan (Silvio Guindane) é perseguido por Betão (André Ramiro)

Depois de dois capítulos, ainda é difícil vislumbrar o que pretende “Vidas em Jogo”, a substituta de “Ribeirão do Tempo”, na faixa das 22h, na Record.

O argumento é ótimo –dez amigos de origem humilde vão mudar de vida depois de ganhar uma bolada na Mega Sena–, e mira, sem nenhuma sutileza, o espectador das emergentes classes C e D.

Os personagens principais são um motorista de madame, uma emprega doméstica, um porteiro, uma taxista, uma cozinheira, um carteiro aposentado, um garçom e uma confeiteira, entre outros. Parte deles mora num prédio abandonado, no centro do Rio, e curte seus momentos de lazer no modesto clube Os Cariocas e no simplório restaurante Cantinho do Severino.

O problema mais evidente, nestes dois primeiros capítulos, é o texto da novela. Uma antologia de frases feitas ocupou as telas, na boca de diferentes personagens. “Em prédio de rico, todo morador é patrão”, disse o porteiro Zé (Felipe Martins). “Dispensemos as formalidades”, avisou o ex-policial Cleber (Sandro Rocha) ao ser apresentado à madame-empresária Regina (Beth Goulart), que disse: “Pobre quando quer se fazer de vítima faz escândalo.”

No esforço de demarcar de forma bem nítida as diferenças sociais e os problemas decorrentes do corte de classe, muitas bobagens foram ditas e encenadas. Raimundo (Rômulo Arantes Neto) tem vergonha da mãe confeiteira, Augusta (Denise Del Vecchio) e sonha ser chamado de Ray.

“Mãe, é muito ruim ser pobre?”, perguntou Tatiana (Shaila Arsene), filha de Regina, que respondeu: “Uma tragédia, minha filha. Por isso que você e sua irmã têm que estudar muito, se formar, arrumar um bom emprego e um bom casamento.”

No papel do bom samaritano, Carlos (André di Mauro) tem um cachorrinho, chamado Zé, e repete sempre um bordão: “Quem tem fé consegue o que quer”. No final do primeiro capítulo, o cão voou e ficou na linha de um tiro que atingiria seu dono. Cena de “Corra Que a Polícia Aí”.

No segundo capítulo, Carlos tocou saxofone para o animal, internado no veterinário. No blog da novela, a Record convida o público: “Deixe sua mensagem de apoio ao cãozinho Zé”.

Na estreia de “Vidas em Jogo”, houve cinco cenas de perseguição ou violência, todas muito bem filmadas, por sinal. As palavras “bolão”, “sorteio” e “loteria” foram faladas mais de duas dezenas de vezes.

No segundo capítulo, não houve nenhuma cena de ação nem qualquer referência ao sorteio, perdido pelo grupo. O tema foi o melodrama –o sofrimento do cãozinho Zé, a descoberta da gravidez da patricinha Patrícia (Thais Fersoza), que namora o motorista da família, Francisco (Guilherme Berenguer), e o choque de Augusta ao descobrir que Ray tem vergonha dela.


São apenas dois capítulos. Há muito chão pela frente (se repetir a performance de “Ribeirão do Tempo”, podemos falar em um ano). O tema da novela é bom, mas ainda falta muito para deixar de ser apenas uma promessa.

Mauricio Stycer
Crítico do UOL

"Rebelde" está no caminho certo na Record

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Com pouco menos de quinze capítulos exibidos, já se pode tirar algumas conclusões acerca do começo de "Rebelde", "adaptação da adaptação" que a Record faz em parceira com a Televisa. Até então, pelo que foi ao ar, é perceptível que, apesar de alguns erros, o folhetim escrito por Margareth Boury se mostra como um grande acerto e dotado de várias qualidades.

Sob direção de Ivan Zettel, responsável por "Luz do Sol" e por alguns episódios de "A Lei e o Crime", "Rebelde" reúne seis protagonistas, cada um com sua história e objetivo de vida e unidos pela música.

O primeiro capítulo de "Rebelde" pode ter causado certa estranheza ao telespectador da Record. Não houve incêndios, tiroteios ou perseguições, o que era praticamente rotina nas estreias da emissora. De primeira vista, desanimador. Faltava alguma coisa. Porém no decorrer dos capítulos foi mostrado que não faltava nada. O elenco foi bem escolhido e a história começava a ganhar forma e jeito de novela.

Quem assistiu e lembra de "Alta Estação" facilmente consegue compará-la a "Rebelde". Embora aproximadamente R$ 30 milhões separam o orçamento das duas - R$ 10 milhões para "Alta Estação" contra pouco mais de R$ 40 milhões de "Rebelde" - a autora é a mesma.

Margareth usa muito bem a sua vocação para um texto cômico, engraçado, leve e que foge do didatismo das outras tramas. Algumas "sacadas" são as mesmas de "Alta Estação" e totalmente diferente das de "Rebelde" no México. Aliás, quem procurou "Rebelde" pela experiência que teve com a versão mexicana deve ter se desanimado, pois a cada capítulo percebe-se a diferença que as duas tem.

Entre os destaques positivos da novela, além do texto, pode-se dizer o elenco e alguns atores em específico. Lana Rodes, da primeira temporada de "Ídolos" no SBT e que fez parte do elenco de "Alta Estação", é protagonista de um dos momentos mais engraçados do folhetim. Beck, ao lado de Vicente - papel de Eduardo Pires, que também foi o Vicente de "Luz do Sol", são a melhor parte da Vila Lene.

Por outro lado, nem tudo é ponto positivo para "Rebelde". A mesma Vila Lene, de Vicente e Becky, ainda não deslanchou. O bar, a garota com mania de limpeza, o papagaio, o núcleo dos pré-adolescentes...enfim, é possível que se desenvolva no decorrer dos próximos capítulos, mas é uma parte que ainda não é das melhores - e por uma infeliz coincidência, é a parte que mais foi "abrasileirada".

A cenografia e a produção geral de "Rebelde" também não empolgam como deveriam pelo investimento que teve. Alguns cenários são escuros e repetem praticamente a mesma estética de outras novelas, como "Ribeirão do Tempo". A cidade cenográfica é artificial e perde feio do projeto feito para a trama de Marcílio Moraes. As fachadas nem sempre estão em harmonia com o cenário que é apresentado, como acontece em vários dos cenários que compõe a escola. E falando na escola, a mesma parece um resort e o seu sistema de internato prestigiado ainda está muito longe do cotidiano, ou pelo menos, do conhecimento da maioria dos brasileiros.

Já a produção também não é das melhores que a Record fez. Ainda está atrás de "Bela, a Feia", uma das melhores novelas já produzidas pela Record na questão técnica. Além de perder para a trama de Gisele Joras na cenografia, a diferença de externas é gritante. São raríssimas as cenas de "Rebelde" feitas fora do internato, da cidade cenográfica e dos cenários. Claro, há reduções imensas no custo, mas deixa a produção mais pobre. Edson Spinello soube explorar de forma bem melhor as belezas do Rio de Janeiro nas três novelas que dirigiu e soube aproveitar o investimento a mais feito pela Televisa em "Bela, a Feia".

Apesar de alguns erros e acertos, "Rebelde" tem um saldo bem positivo. A novela elevou os índices de audiência da Record em São Paulo e fez decolar os do Rio, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Curitiba. O crescimento é nacional.

Os índices só mostram que a Record jamais deveria ter abandonado a faixa das 19h para colocar suas novelas batendo com as novelas das nove da Globo e ao mesmo tempo investir em maratonas jornalísticas como o "SP Record".

O desaquecimento que a dramaturgia da emissora passou nos últimos meses deve ter servido de lição para o planejamento futuro. E até agora percebe-se que o comportamento dos diretores é diferente. Antes de "Rebelde" estrear, por exemplo, já se sabia que será Gustavo Reiz o autor da novela substituta. E bem antes de "Vidas em Jogo" estrear, já se fala até mesmo em escalação de elenco de "Navegantes", novela de Lauro César Muniz que substituirá "Vidas em Jogo". A Record voltou ao caminho certo.

por André Luiz Batista

YouTube será reformulado para concorrer com televisão

Los Angeles (EUA), 7 abril .- A gigante Google já começou a trabalhar num projeto para reformular o portal do YouTube com o objetivo de transformá-lo em uma plataforma televisiva na rede com uma programação própria, informou nesta quinta-feira "The Wall Street Journal".

A intenção da Google é criar 20 canais de conteúdos exclusivos com qualidade profissional através do portal, divididos em temas como arte e esportes durante várias horas de programação semanal e com o objetivo de criar uma audiência estável e vender espaço publicitário.

Segundo fontes do jornal americano, os diretores do YouTube querem que as pessoas criem o hábito de assistir ao site da mesma forma que costumam assistir à programação da televisão.

A reforma do site de vídeos prevê um investimento de US$ 100 milhões para a produção de conteúdos de baixo custo projetados especificamente para o formato do YouTube.

A decisão da Google chega em um momento que os serviços de vídeos em streaming (sem download) através da internet cresce com força e está mudando a maneira dos espectadores acompanharem seus programas preferidos.

Sites como o "Netflix" nos Estados Unidos, que oferece uma videoteca por uma assinatura de baixo custo, assim como "Amazon.com" e "Hulu.com" são exemplos de modelos de negócio que estão explorando com sucesso o conceito de televisão pela internet como concorrência com as tradicionais televisões a cabo e por satélite.

“Divã” parece aposta em público segmentado

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A bem-sucedida carreira de “Divã” nos cinemas deve ter facilitado a decisão, aparentemente não muito arriscada, de desenvolver um seriado em torno da personagem central, a confusa e divertida Mercedes, vivida pela mesma atriz, a excelente Lilia Cabral.

Meio drama, meio comédia, o programa explora as angústias, descobertas e alegrias da quarentona recém-separada. Num tom mais contido que o filme, o primeiro episódio da série, muito bem realizado, tratou de colocar Mercedes no papel de amante de um homem casado, Carlos (Domingos Montagner, na foto).

Seja com o terapeuta, seja com uma amiga, Mercedes analisa com muita franqueza o seu papel de “mulher de segunda a quinta-feira”. Sem moralismo, vê os prós e contras da situação. “Vida de amante é assim mesmo”, observa a amiga, que a incentiva a levar adiante o caso.

Ainda que com leveza, “Divã” recoloca em cena uma temática explicitamente feminina, que tende a agradar, se não estou enganado, um segmento específico, o das mulheres de mais de 30. É um caso pouco comum, me parece, na grade noturna da Globo, cuja programação, com exceção do futebol, costuma ambicionar um público mais amplo.

Por Mauricio Stycer

Mergulho na política não esconde limitações de "Amor e Revolução"


MAURICIO STYCER Crítico do UOL
Uma boa novela, entre outras qualidades para cair no gosto do público, precisa estar sintonizada com o “espírito do tempo”. Não importa que se passe nos dias de hoje ou no século 18. Basta ser capaz de produzir uma sensação – a de que está tratando de temas próximos, de alguma maneira, ao cotidiano do espectador ou, mais simplesmente, presentes no ar.


Grande investimento do SBT, “Amor e Revolução” conta com esta enorme vantagem. Poucos momentos parecem tão propícios para uma novela ambientada durante os anos mais duros da ditadura militar (1964-1985). Por conta da eleição da presidente Dilma Rousseff, o tema está novamente no ar – assim como esteve, por outras razões, em 1992, quando a Globo exibiu a minissérie “Anos Rebeldes”.


Dilma, como se sabe, participou do combate ao regime numa organização clandestina de esquerda e, por sua atuação, foi presa e torturada barbaramente. Diferentemente do governo Lula, o novo governo dá sinais de que pretende aprovar a chamada Comissão da Verdade, destinada a esclarecer casos de violação de direitos humanos ocorridos durante o regime militar.


Igualmente como “Anos Rebeldes”, “Amor e Revolução” é uma história de amor ambientada nestes anos de chumbo. Mas 2011 não é 1992. Naquele ano, Gilberto Braga foi obrigado a reescrever alguns capítulos a mando do poderoso Boni porque “carregou demais” nas tintas políticas. Hoje, Tiago Santiago parece decidido a, sem perder de vista o “Romeu e Julieta” que imaginou, ir fundo na história política do país.


Essa posição ficou explícita no final do primeiro capítulo, encerrado com o emocionado depoimento da ex-presa política Maria Amélia Teles, cujos filhos, então crianças, a viram ser torturada.


Foi o momento mais impressionante em um capítulo frouxo, que deixou no ar a dúvida se “Amor e Revolução” será capaz, mesmo com todo o vento a seu favor, de seduzir o público.


O texto de Santiago não foi capaz de digerir toda a pesquisa que o embasou. Pareceu, muitas vezes, saído de um livro de história para crianças e, em outras, adotou uma solenidade de discurso de formatura.


Talvez por isso, ou por conta de uma direção pouco inspirada, os atores, em sua maioria, pareciam constrangidos em cena. Apesar do investimento anunciado, as cenas de ação, especialmente as de perseguição aos militantes de esquerda, foram toscas.


Lucia Veríssimo mostrou os seios numa cena romântica e seu companheiro, Licurgo Spínola, foi obrigado a atropelar o bom gosto: “Estamos só nós dois, como Adão e Eva. Vamos pecar no nosso Jardim do Éden”, disse o militante de esquerda para a sua companheira, às vésperas do golpe de 64.


O primeiro capítulo de “Amor e Revolução” foi, enfim, frustrante. Um tema ótimo, num bom momento, não é o suficiente para segurar uma novela.

"Morde & Assopra" X "Os Mutantes"?

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"Morde & Assopra" vem sendo comparada com "Os Mutantes" da Record, não o contexto e sim os dinossauros que apareceram nos sonhos de Júlia (Adriana Esteves).

Então surgiu uma polêmica em torno dessas comparações: "Qual das duas novelas produziram melhor os seus dinossauros?

A respostas eu deixo vocês tirarem suas próprias conclusões. Se abaixo um vídeo com duas cenas, uma da novela "Os Mutantes" e a outra de "Morde & Assopra" respectivamente. O Blog Brasil Telenovelas quer saber a sua opinião: qual é a cena mais bem produzida?



Algumas Fotos:

Cenas da novela "Morde & Assopra" da Globo





Cenas da novela "Os Mutantes" da Record






Até abril, estreiam cinco novelas

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Os índices de audiência não são mais os mesmos. O burburinho em torno das tramas também diminuiu. Os críticos falam em crise no formato. Mas o fato é que as telenovelas brasileiras - prestes a completar 60 anos no ar - vivem, atualmente, um novo boom. Entre março e abril deste ano, nada menos que cinco folhetins estrearão na TV aberta do país.

A Record reestreia seu segundo horário de novelas - agora às 19h - com Rebelde, dia 21 de março, e, em abril, é a vez de Vidas em Jogo. O SBT volta a investir em histórias nacionais em Amor e Revolução, com a exibição do primeiro capítulo no dia 5 de abril. A Globo também chega em dose dupla, com Morde & Assopra, no dia 21 de março, e Cordel Encantado, em 11 de abril.

As estreias praticamente ao mesmo tempo, apontou o pesquisador Nilson Xavier - autor do livro Almanaque da Telenovela Brasileira (Panda Books) - e não são uma "mera coincidência", como aparecia nos créditos no fim das novelas até os anos 1990.

- Não é uma coincidência e, sim, uma estratégia das emissoras. É uma forma de desviar a atenção das estreias da Globo, que sempre traz novidades nesta época do ano por ocasião de seu aniversário.

Xavier destacou ainda que as novas tramas chamam a atenção por serem completamente diferentes uma das outras.

- As estreias serão para todos os gostos. Cordel Encantado tem uma proposta fantasiosa; Amor e Revolução, também de época, aborda um passado mais recente e politizado; Rebelde foca nos jovens e vem respaldada no sucesso da versão mexicana. Morde & Assopra vem com humor e Vidas em Jogo parece que vai trazer ideias novas.

O alto investimento em novas novelas feito pelas emissoras se explica pelo retorno financeiro, diz o pesquisador.

- Apesar da crise de audiência, que é da TV em geral e não somente das novelas, as tramas ainda são o produto de maior Ibope das emissoras. E vai continuar sendo por muitos anos. É um programa vendável, com grande retorno financeiro.

E não apenas com a venda dos comerciais. Na extensa conta do lucro estão ainda a venda da trilha sonora, a comercialização para TVs de outros países, os merchandisings e produtos, como o batom do Valentim na novela Ti-ti-ti, por exemplo.

O Ibope, realmente, não é mais o mesmo. Para se ter uma ideia, o último capítulo da novela Vale Tudo (exibido na Globo no dia 6 de janeiro de 1989), de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, atingiu picos de 94 pontos de audiência. Já o derradeiro de Passione (Globo), em 14 de janeiro deste ano, deu 52 pontos. Enquanto isso, sua sucessora, Insensato Coração, patina nos índices, marcando, em média, 34 pontos, fora dos padrões da Globo para o horário, que é de 40.

- Rebelde, na versão brasileira, tem muito romance, ação, comédia e, claro, música. Temos seis jovens bem brasileiros, com conflitos adolescentes, pais que precisam conhecer melhor esses filhos e uma escola diferenciada. O trunfo é ter um texto ágil, uma direção integrada ao texto e os nossos seis protagonistas: o justiceiro, a patricinha mimada, o garoto-problema, a rebelde sem causa, o irreverente, e a que tem baixa autoestima. Juntos eles são poderosos. Separados, se perdem. Para atrapalhar a união, não faltam vilões.

Às 19h30 do mesmo dia 21, na Globo, é a vez de Morde & Assopra, de Walcyr Carrasco, no lugar de Ti-ti-ti. A novela vai falar de sonhos, do inconquistável, misturado com o universo da paleontologia e da robótica. E sempre com muito humor, defendeu o novelista em conversa com o R7.

- Morde & Assopra é uma comédia romântica. Quero oferecer muito humor, emoção e... algumas surpresas.

Dia 5 de abril, às 22h, estreia no SBT Amor e Revolução, de Tiago Santiago. A trama vai contar uma história de amor tendo como pano de fundo a ditadura militar do fim dos anos 1960 no Brasil. O novelista não respondeu ao e-mail e ao telefonema do R7.

Na semana seguinte, dia 11 de abril, às 18h20, no lugar de Araguaia (Globo), chega Cordel Encantado, da dupla Duca Rachid e Thelma Guedes. O luxo das realezas europeias e, como contraponto, as agruras do sertão brasileiro estarão na novela, que se passa nos anos 1920 e 1930. Duca, em conversa com o R7, promete aguçar a imaginação.

- A novela é uma grande viagem pelo imaginário mítico brasileiro. Queremos criar um universo de sonho, mas com verdade, com sentimentos e personagens muito humanos. Nossos trunfos são uma história na qual acreditamos muito e um elenco maravilhoso sob uma direção competente.

E ainda em abril - sem data definida - estreia Vidas em Jogo, de Cristianne Fridman, às 22h, na Record, em substituição a Ribeirão do Tempo. A trama vai girar em torno de amigos que ficarão ricos da noite para o dia ao ganhar uma bolada na loteria na virada do ano, mas estão previstos uma série de mortes, como adiantou a novelista ao R7.

- Quem nunca pensou no que faria se ficasse milionário? Quem nunca se encheu de alegria imaginando os sonhos que realizaria? Vidas em Jogo vai levar as pessoas a embarcarem no dsejo e no sonho de um grupo de amigos. Como o dinheiro modifica a vida destas pessoas para o bem e para o mal, os dois lados da moeda. É o dinheiro que realiza sonhos, que chama os falsos amigos, os golpistas... Além disto, este grupo do bolão, antes de ganhar na loteria, fez um pacto: se ganhassem deixariam metade do dinheiro do prêmio guardado e teriam que, em um ano, cumprir cada um deles uma missão para ter direito a esta metade do dinheiro. E aí... Aí eles começam a morrer. Vidas literalmente em jogo: em um jogo de vida ou morte! Muitas tramas formam este jogo divertido, perigoso e emocionante. Eu apostaria!

Sinopse de "Cordel Encantado"

Na última semana, a Rede Globo apresentou o elenco e a história da próxima novela das seis, "Cordel Encantado".

O diretor de núcleo, Ricardo Waddington, e a diretora-geral, Amora Mautner, revelaram as novidades da trama escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes. "Essa será a primeira produção gravada em 24 quadros, que possui uma estética diferente da das novelas que estão no ar. É o mesmo recurso utilizado na série A Cura. Tem uma textura diferente e acho que será o diferencial para contar essa fábula. Nunca se utilizou uma técnica dessas numa produção industrial que é uma novela. É uma vitória!", disse Waddington sobre o recurso típico do cinema.

"Cordel Encantado" conta a história dos reis da fictícia Seráfia do Norte, Augusto (Carmo Dalla Vecchia) e Cristina (Alinne Moraes). O casal viaja com a filha, Aurora, ainda bebê, para o Brasil em busca de um tesouro escondido pelo fundador de seu reino. Na aventura, a rainha e sua filha sofrem uma emboscada arquitetada pela maquiavélica duquesa Úrsula de Bragança (Débora Bloch), que deseja o trono.

Antes de morrer, a rainha salva Aurora e a entrega para ser criada por um casal de lavradores, que a batizam de Açucena (Bianca Bin). Outro ponto dessa trama é o cangaceiro Herculano (Domingos Montagner), que, preocupado com a segurança de seu filho, Jesuíno (Cauã Reymond), e de sua mulher, Benvinda (Cláudia Ohana), os deixa em uma fazenda até que o rapaz possa assumir seu posto como líder do cangaço. E o destino irá unir Açucena e Jesuíno numa complicadíssima história de amor.

A autora Duca Rachid está entusiasmada com a nova aposta. "Estamos com um ótimo ponto de partida. Temos um elenco maravilhoso, assim como a direção de arte e o figurino, que está deslumbrante. Isso anima muito. A gente está querendo contar essa história há mais de três anos, antes mesmo de Cama de Gato", diz Duca, que enumera as semelhanças com a trama anterior: "Essa história tem o mesmo ritmo da outra novela. Acho que por ser escrita por duas autoras. Mas o universo dela é completamente diferente do de Cama de Gato. Nada é naturalista em "Cordel Encantado". Não queremos recontar o período histórico. O tempo é só um referencial!"

"Cordel Encantado" estreia em abril. No elenco estão ainda Bruno Gagliasso, Nathalia Dill, Matheus Nachtergaele, Andreia Horta, Isabelle Drumond, Jayme Matarazzo, Reginaldo Faria e Luiz Fernando Guimarães, que estava longe das novelas desde Uga Uga (2000).

Com informações da Revista Ti Ti Ti, da Editora Abril.

Túnel do Tempo: "Esplendor"

Há exatamente 11 anos, estreiava na telinha da Globo a nova novela das seis: "Esplendor". A trama trazia Letícia Spiller e Floriano Peixoto como protagonistas, Cássia Kiss e Christine Fernandes como co-protagonistas, Murilo Benício e Joana Fomm como os antagonistas centrais e Caio Blat co-antagonista.

Escrita por Ana Maria Moretzsohn com a colaboração de Glória Barreto e de Daisy Chaves e dirigida por Luciano Sabino, Ary Coslov e Maurício Farias com direção geral e de núcleo de Wolf Maya, a novela teve apenas 125 capítulos.

Esplendor teve a difícil incubência de levantar a audiência do horário das seis. Ana Maria Moretzsohn estreava como titular de novela na Globo, e desenvolveu um bom trabalho.

A princípio Esplendor teria 80 capítulos (foi lançada como mini-novela, uma retomada das histórias pequenas), mas o resultado foi bom, e apesar das poucas tramas paralelas, a novela foi espichada sem perder o interesse do público.

Romances góticos, contos de fada, histórias de suspense foram influências que a autora teve para escrever a novela, cuja trama principal também lembra a sinopse de "A Intrusa", produzida pela Tupi em 1967.

Uma caprichada produção de época que retratava uma cidade do interior do sul do país nos anos 50. Cerca de 80 pessoas fizeram parte da equipe de produção, sendo que os titulares foram os mesmos da minissérie Hilda Furacão (1998), o que facilitou o entrosamento e ajudou a viabilizar a novela em menos de 30 dias.

Esplendor teve como locações fixas o bairro de Santa Teresa, no centro do Rio de Janeiro, onde estava localizada a fachada da casa dos Norman. A mansão onde na realidade funciona o Centro Cultural de Petrópolis, serviu para a mansão dos Berger (essa mesma casa já havia sido utilizada na cenografia da novela Direito de Amar, em 1987 - a mansão do Sr. de Montserrat).

A única locação fora do Rio de Janeiro foi na cidade de Cambará do Sul (perto de Porto Alegre, RS), onde a equipe gravou imagens do canyon de Fortaleza, situado no Parque Nacional da Serra Gaúcha.

Interessante também foram os carros de época utilizados na novela. Entre eles, um Mercury 53, usado por Cristóvão (Murilo Benício). Ao todo foram seis carros, dois táxis, um ônibus, uma ambulância tipo furgão, onze lambretas, dois caminhões e um avião Cessna usado na cena do acidente com Frederico e Elisa (Floriano Peixoto e Ângela Figueiredo).

Letícia Spiller conseguiu livrar-se do estigma de sua personagem anterior e recente, a caricata vilã Maria Regina de Suave Veneno.

Tônia Carrero retornava às novelas globais depois de 12 anos - seu último trabalho na casa havia sido Sassaricando de 1988.

Primeira novela dos jovens atores Max Fercondini, Juliana Knust e Thiago de Los Reyes.

Destaque para as últimas cenas da novela que mostraram a morte de Adelaide, num primoroso trabalho da atriz Cássia Kiss.

Há 11 anos, direto do Túnel do Tempo.

Novidades em 2011

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SANSÃO E DALILA

Logo nos primeiros dias de janeiro, necessariamente dia 04, estreia a nova minissérie da Record, uma superprodução que custou o equivalente a R$ 13 milhões de reais. A segunda minissérie da emissora da Barra Funda, conta a história de Sansão e Dalila e promete mais uma vez inovar com grandes cenas de batalhas e efeitos especiais.

Estou torcendo para o sucesso dessa minissérie, uma vez que a Record vem apostando em seu próprio "padrão de qualidade".

INSENSATO CORAÇÃO

Dia 17 de janeiro, estreia a tão esperada novela do horário nobre da Globo; "Insensato Coração", de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Pela sinopse parece que a trama mistura ingredientes necessários para um grande sucesso das oito.

A história se passa entre Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Pedro é piloto de avião e, ao salvar uma aeronave de um sequestro, se apaixona à primeira vista por Marina. Mas Pedro é noivo de Luciana, a melhor amiga de Marina, e os dois desconhecem este fato a princípio. O rapaz acaba por se envolver num acidente de avião em que a noiva morre. Ele fica paraplégico, é responsabilizado pela morte de Luciana e, deprimido, rompe com Marina. Por causa de uma série de armações, Marina se decepciona com o piloto e se casa com Léo, irmão de Pedro, um sujeito mau caráter, que se envolve com contrabandistas de caça-níqueis e é viciado em prostitutas. Numa das armações, Léo e Irene, uma prima apaixonada por Pedro, conseguem dopar o rapaz, e ele e a prima acabam transando. Irene descobre estar grávida dele, mas quando vai contar a Marina que Pedro não teve culpa de nada, ela morre misteriosamente num acidente de carro.

Norma começa a história como uma pacata e honesta enfermeira. Mas depois de ser enganada e humilhada por Léo, ela vai presa injustamente por cinco anos. Quando sai da cadeia, Norma decide se vingar de Léo e, para isso, até mata um milionário para herdar sua fortuna. Em determinado momento, Norma percebe que Léo gosta de Marina e fará de tudo para separar o casal.

A história se desenrola com outros núcleos e personagens. André é um sedutor incorrigível. Ele é o tipo de cara que não se envolve com a mesma mulher duas vezes. Mas acaba violando sua própria regra ao conhecer a bela Carol. Enquanto André vai viver uma relação cheia de conflitos com Leila, de apenas 19 anos, Carol acaba tendo um romance com Raul, pai dos irmãos Léo e Pedro. Raul rompera seu casamento com Wanda, ao flagrá-la na cama com seu próprio irmão, Umberto.

Natalie Lamour, a ex-participante de um reality show, vai se casar com o banqueiro Horácio Cortez. Antes de ser a oficial, Natalie era amante do poderoso dono de um banco de investimentos. Ela só consegue o primeiro posto porque Stela, mulher de Horácio, morre quando seu carro despenca da Avenida Niemeyer. Natalie também terá um caso com Wagner, advogado de seu marido.

Sueli trabalha num quiosque no calçadão de Copacabana e, para deixá-lo mais bonito, enfeita o local com uma bandeira listrada com as cores do arco-íris. Sem querer, Sueli transforma o quiosque num ponto de encontro gay da praia. Mal sabe ela que seu filho, Eduardo, "se descobre" gay. O rapaz até namora Paula, filha de Horácio, mas depois acaba arrumando um namorado.

Outro personagem que dará o que falar será Vinícius. De má índole, o rapaz é uma espécie de psicopata. Ele é filho bastardo de Oscar e se sente recalcado por vir de uma família mais modesta. Vai viver um triângulo amoroso com Cecília e Rafa.

Parece mesmo que Gilberto Braga e Ricardo Linhares estão inspirados e farão de "Insensato Coração" um novelão. Posso estar enganado, mas acredito que elevará os índices de audiência do principal horário de novela da Globo.

REBELDE

Em Março, está prevista a estreia da versão brasileira de "Rebelde", uma parceria entre Record e Televisa. Os protagonistas já foram escalados e preparados para viverem os adolescentes mais famosos da América Latina. São eles: Arthur Aguiar (Diego), Sophia Abrahão (Alice), Chay Suede (Tomas), Lua Blanco (Roberta), Micael Borges (Pedro) e Malanie Fronckowiak (Carla).

A trama terá direção geral de Ivan Zettel e adaptação de Margareth Boury, que colocará o jeitinho brasileiro no roteiro original, do mesmo modo que aconteceu com "Bela, a Feia".

No roteiro, o sexteto frequentará a mesma escola, um internato no qual os alunos ficam de segunda a sexta-feira, tendo os fins de semana livres para visitar as famílias.

MORDE E ASSOPRA

A cultura oriental, as novas tecnologias, as diferenças culturais e os mistérios da ciência são alguns dos temas que compõe o universo da nova comédia romântica de Walcyr Carrasco.

Com Mateus Solano, Adriana Esteves, Bárbara Paz, Paulinho Vilhena, Michel Bercovitch, Luana Tanaka, Camila Chiba e um grande elenco. Escrita por Walcyr Carrasco e direção de Rogério Gomes, "Morde e Assopra" tem estreia prevista para março de 2011.

Walcyr Carrasco é conhecido por inovar em suas histórias nada convencionais, logo após o fracasso de "Sete Pecados", nos presenteou com a divertidíssima "Caras & Bocas" que teve como um dos personagens principais o macaco Chico.

CORAÇÕES FERIDOS E AMOR E REVOLUÇÃO

A novela "Corações Feridos" segue sem data de estreia na programação do SBT. Segundo informações do Portal UOL, a emissora cogita lançá-la somente em março, junto com a nova programação.

É importante ressaltar que "Corações Feridos" está inteiramente gravada e seus atores já foram dispensados.

A próxima novela de Tiago Santiago no SBT, promete revolucionar a teledramaturgia da emissora. As gravações começarão em janeiro e também está prevista para estrear em março às 22h, substituindo "Ana Raio e Zé Trovão".

Autor de grandes sucessos como "A Escrava Isaura", "Prova de Amor", "Caminhos do Coração" e "Os Mutantes" na Record, Tiago tem o grande desafio de erguer a teledramaturgia do SBT, uma vez que a Record vem investindo pesado em suas novas produções.

O CLONE

Estou ansioso pela reprise de "O Clone", grande sucesso de Glória Pérez, que estará de volta a partir de janeiro de 2011 no "Vale a pena ver de novo". A cultura muçulmana, a dependência química e a clonagem, são os principais temas dessa grandiosa trama que marcou a teledramaturgia brasileira sendo exibida em vários países. O sucesso dessa novela no exterior foi tão grande, que recentemente, ganhou uma versão hispânica, numa parceria entre a Globo TV International e Telemundo.

Agora quanto a "Fina Estampa", Vidas em Jogo" e "Cordel Encantado" não tenho muito o que falar, pois ainda não sabemos muito sobre essas produções.

Um feliz 2011 a todos!

Elenco brasileiro de Rebelde é apresentado em São Paulo

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Record Entretenimento e Televisa lançam marca da novela juvenil para mercado

Uma das principais apostas da Record para 2011 é a novela Rebelde, produzida em parceria com a emissora mexicana Televisa.

A produção foi apresentada ao mercado publicitário na manhã desta quarta-feira (1º), em São Paulo. Os seis protagonistas participaram do evento e falaram sobre seus personagens.

A trama terá direção geral de Ivan Zettel, que representou a equipe da trama no evento, e adaptação de Margareth Boury, que colocará o jeitinho brasileiro no roteiro original, do mesmo modo que aconteceu com Bela, a Feia.

No roteiro, o sexteto frequentará a mesma escola, um internato no qual os alunos ficam de segunda a sexta-feira, tendo os fins de semana livres para visitar as famílias.

Ao subir ao palco, os protagonistas foram recebidos com aplausos.

Micael Borges interpretará Pedro Costa, um adolescente de família pobre, violonista que gosta de cantar e que será apaixonado por Alice, a riquinha da trupe.

- Venho do Nós do Morro [grupo teatral da comunidade do Vidigal, no Rio] e estou empolgado com a oportunidade de um trabalho no qual poderei unir o canto, a dança e a representação. É um personagem completo.

Sophia Abrahão dará vida a Alice Albuquerque, a patricinha mimada que vai se apaixonar por Pedro.

- Sei que a novela terá uma repercussão grande, mas só vou saber como será isso quando o público nos acolher. Será este o termômetro do nosso trabalho. E tenho uma expectativa muito boa quanto a isso.

Melanie Franckowiak será Carla Ferrer, uma adolescente de corpo escultural que assumirá as coreografias da banda que o sexteto formará.

- Esta é minha primeira novela e estou muito feliz e realizada com este papel. Estamos muito unidos e criamos uma relação bacana uns com os outros.

Já Lua Blanco será Roberta Messi, uma jovem independente, forte e revoltada com a vida. A personagem será filha de uma cantora famosa. Na vida real, a atriz é neta de Billy Blanco, um dos mestres da bossa nova.

- Sempre estive envolvida com música. Tive uma banda, a Lágrima Flor, por cinco anos. Então, estou felicíssima com essa oportunidade.

Arthur Aguiar, por sua vez, vai representar o jovem rico Diego Maldonado, que tem problemas com o pai (interpretado por Juan Alba) e com o alcoolismo.

- Foi uma surpresa conseguir entrar para o elenco, depois de muitos testes. Sempre toquei violão e compus, então, a novela, com essa pegada musical, é um sonho.

Para completar o elenco, Chay Suede, revelado no programa Ídolos 2010, dará vida a Tomas Penedo, um jovem nadador, mimado e mulherengo.

- Nunca atuei na vida, nem estudei teatro. Então, estou muito feliz com essa possibilidade. Estou morando no Rio e realizado com tudo o que está acontecendo na minha vida.

As meninas de Rebelde: Lua Blanco, Malanie Fronckowiak e Sophia Abrahão - Foto: Edson Lopes Jr./R7

Da esq. para a dir.: Arthur Aguiar (Diego); Sophia Abrahão (Alice); Chay Suede (Tomas); Lua Blanco (Roberta); Micael Borges (Pedro) e Malanie Fronckowiak (Carla) - Foto: Edson Lopes Jr./R7

Os protagonistas

Sinopse de Insensato Coração


Algumas pessoas ficaram curiosas quando afirmei que Glória Pires seria a protagonista da próxima novela das oito, não exagerei. É óbvio que a mocinha sempre é a personagem destaque de uma novela, mas Norma, que será interpretada pela atriz citada, terá destaque equiparado.

Norma, na verdade, será vítima de Léo (Fábio Assunção). Ao conhecer o rapaz, ela ficará completamente apaixonada, mas cairá numa cilada, onde pegará cinco anos de prisão. Qual cilada? Não sei os detalhes, mas Léo fará com Norma seja culpada de um golpe. Na cadeia, Norma se torna uma pessoa fria e calculista, seu único objetivo será a vingança. Ao ganhar a liberdade, ela vai trabalhar de empregada na casa de um viúvo e consegue conquistá-lo. Vai matá-lo para ficar com toda a sua herança. A vilã, no entanto, alcança o objetivo: se torna rica e poderosa. Entenderam o porquê de "Insensato Coração"?

Nessa altura, Léo já vai estar interessado em Marina (Paola Oliveira). Norma, como quer vê-lo sofrendo, fará de tudo para que esse romance não aconteça. A vilã planejará a morte da mocinha, para que seu rival sofra.

Na sinopse, consta que Marina será disputada por Léo, Pedro (Eriberto Leão) e André (Lázaro Ramos).

O primeiro capítulo

Quem é fã de Gilberto Braga sabe que suas novelas são ágeis. Pois bem, "Insensato Coração" estreia com sequestro de avião, no qual Pedro (Eriberto Leão) estará à frente como piloto. O bandido Jonas (Tuca Andrada), tentando fugir do país, fará refém todos os passageiros do vôo. Entre as vítimas desse seqüestro no avião, estão Marina e sua prima. A notícia do seqüestro se espalha e, enquanto os pais de Pedro, Raul (Antonio Fagundes) e Wanda (Natalia do Valle) estão desesperados, Léo mostra total frieza. O capítulo será encerrado com a troca de olhares entre Pedro e Marina, que acabam se apaixonado no meio de um pesadelo.

A relação entre Norma e Léo só acontece no capítulo de nº 8. A maquiavélica deve matar três ou quatro personagens até o último capítulo.

Comenta-se nos bastidores, que Norma será uma vilã capaz de superar todas as maldades de Maria de Fátima (Vale Tudo). É bem provável.

"Insensato Coração" promete! Como telespectador, não estou preocupado com a audiência e, pela sinopse principal, percebe-se que será um novelão, sem inovar, mas com os ingredientes necessários para ficar na história.

Estreia: Dia 17 de janeiro, substituindo "Passione".

(Jeferson Cardoso)
www.oplanetatv.com.br

Crítica: "Clandestinos"


Se o assunto aqui fosse artes plásticas, o melhor clichê para falar de “Clandestinos” seria aquele da “tensão entre os materiais”. É que o programa mistura linguagens. Na estreia, teve um pouco de farsa (nas cenas em que Adelaide de Castro deixou para trás a cidade natal), de puro realismo, e de fantasia.
O trançado de linguagens, entretanto, não caiu no exibicionismo estilístico. Foi, ao contrário, uma leitura acertada do texto que gira em torno de um grupo de aspirantes a atores. No primeiro episódio, tudo era um grande teste. Com isso, o programa estabeleceu duas expectativas paralelas: a do espetáculo e a do passo a passo de sua construção.


“Clandestinos” reuniu o talento de Guel Arraes e João Falcão e um elenco muito, muito promissor mesmo. Neste primeiro episódio, destacaram-se Adelaide de Castro, Elisa Pinheiro (a produtora) e as gêmeas Giselle e Michelle Batista.


O texto (de Guel, João Falcão, Jorge Furtado e Adriana Falcão) é ao mesmo tempo tão requintado e sem presunção que não teme diálogos ingênuos como o do diretor com a produtora sobre “apego material”. Faz parte dessa grande composição.

Na sua brincadeira de constrastes — essa “tensão entre materiais” na sua versão televisiva — “Clandestinos” se deu muito bem.

(Patrícia Kogut)

Éramos Seis: Um dos poucos sucessos fora da Globo!

Em 1994, a Globo voltou a ser incomodada na audiência por uma novela do SBT. O mesmo havia acontecido poucos anos antes, com a mexicana Carrossel. Desta vez, o remake de uma história nacional, que já havia sido testada e aprovada outras três vezes, chamou a atenção do público: Éramos Seis.

Era mais uma tentativa do SBT de reativar seu núcleo de teledramaturgia, com figurino e cenografia que não deixavam a desejar. Sem violência, toda a família podia sentar em frente à TV e ver a trama (embora para crianças histórias de época sejam chatas).

Silvio Santos conseguiu reunir um elenco não muito grande, mas com bons nomes: Irene Ravache (em seu papel mais memorável na TV nas últimas duas décadas, Lola), Othon Bastos (Julio), Tarcisio Filho (Alfredo), Osmar Prado (Zeca), Jussara Freire (Clotilde) e Denise Fraga (Olga), entre outros.

A trama começa em 1921 e narra a vida de Lola desde a infância dos quatro filhos - quando seu marido, Júlio, trabalha para pagar as prestações da casa onde moram, em São Paulo - ao fim da vida da protagonista, que termina sozinha numa casa de repouso, justificando o título.

É raro uma história de época fazer sucesso fora da Globo (que, curiosamente, nunca adaptou esse romance). Mas Éramos Seis, que ia ao ar às 20h e era reprisada às 21h40, assim que terminava a novela das 20h da Globo), chegava facilmente aos 20 pontos, número considerado muito bom para o canal. A repercussão nas casas era impressionante. Sempre havia um parente que mudava de canal assim que A Viagem (e mais tarde, Quatro por Quatro), chegava ao fim.

A primeira versão para a TV do romance de Maria José Dupré foi ao ar em 1958, em dois capítulos, exibidos pela Record. A Tupi produziria a historia em 1967, com Cleyde Yáconis e Silvio Rocha nos papéis principais. Dez anos depois, a mesma emissora apostou novamente no enredo, com Nicette Bruno e Gianfrancesco Guarnieri como Lola e Julio. A adaptação coube a Silvio de Abreu (que estreava em novelas) e Rubens Ewald Filho.

Os telespectadores não se cansaram de ver a trajetória daquela família que crescia com dificuldades. As personalidades diferentes dos quatro filhos – Carlos, Alfredo, Isabel e Julinho - também ajudava a manter o enredo interessante durante os 180 capítulos da história. Entre fatos históricos estavam a gripe espanhola, que quase matou Isabel e Julinho, e a revolução de 1932, na qual Alfredo se alista, e vai para a trincheira.

A estreia foi adiada em uma semana por causa da morte do piloto Ayrton Senna, ocorrida em 1º de maio de 1994. Jussara Freire e Paulo Figueiredo eram remanescentes da versão de 1977, mas interpretaram outros personagens.

Com o sucesso, outros remakes foram feitos, mas não obtiveram o mesmo êxito: As Pupilas do Senhor Reitor, Sangue do Meu Sangue, Razão de Viver e Os Ossos do Barão estão na lista. A audiência foi definhando ano a ano.
Éramos Seis, que teve também a participação de Caio Blat e Wagner Santisteban ainda crianças, voltou ao ar entre janeiro e maio de 2001, às 18 horas. Como atualmente a emissora vem colhendo bons frutos com as reprises de Pérola Negra (1998) e Esmeralda (2004) à tarde, não é absurdo sonhar com a história de Dona Lola e seu Júlio ganhando as telas novamente.

(Jonathan Pereira)

Crítica: "Araguaia"

Fiquei surpreso com Araguaia. Apesar das chamadas pouco atrativas e da sinopse idem, o primeiro capítulo foi mais interessante e equilibrado do que esperava, além de bem-produzido e bem-atuado. Nada aquém do que se pode esperar de uma novela da Globo, não é?

Wálther Negrão é um autor de talento controverso: utiliza argumentos simples e manjados para construir roteiros agradáveis, cuja leveza e graciosidade vão cativando o telespectador bem mais do que o enredo em si - vide seus trabalhos em Era Uma Vez... (1998) e Como Uma Onda (2004). Essas características puderam ser observadas na estreia de ontem, tal como grandes atuações que prometem fazer a diferença no decorrer da trama. Diversos personagens, principais e secundários, foram apresentados ao público, e intérpretes como Regina Duarte (Antoninha), Lima Duarte (Max Martinez), Edson Celulari (Fernando) e Thaís Garayp (Terê Tenório) imprimiram brilho e carisma à nova atração das seis. A escolha dos temas tratados também parece acertada, como a questão trabalhista, envolvendo Max Martinez e o galã Solano (Murilo Rosa) em frentes opostas.

Entretanto, nem tudo foram flores. O capítulo pecou por focar menos os protagonistas românticos, como Manuela (Milena Toscano), Solano e Vítor (Thiago Fragoso), em prol de introduzir os núcleos secundários. O primeiro encontro entre Manuela e Solano, por exemplo, deu-se praticamente na última cena do capítulo. Faltaram amarras melhores ao roteiro, até pelo excessivo destaque conferido às paisagens do Araguaia, que provavelmente prejudicou o desenvolvimento do episódio. Além disso, Milena Toscano e Cleo Pires (a vilã Estela) ainda não me convenceram em seus papeis, sobretudo Cleo, que apareceu bem mais.

Pese prós e contras, a verdade é que este primeiro episódio mudou minha pré-concepção de Araguaia. Creio que pode, sim, vir a se transformar numa boa novela sem dificuldade. A ver o que Wálther Negrão nos aguarda...

(Felipe Brandão)
www.alemdoentretenimento.blogspot.com

Crítica: "Ti-Ti-Ti"


Divulgação/TV Globo

Depois de um fracasso épico, recorrer ao remake de uma novela consagrada parecia a aposta mais segura que a Globo poderia fazer. Mas “Ti-Ti-Ti”, agora escrita por Maria Adelaide Amaral, não deve ser vista apenas como uma opção conservadora no esforço de recuperar o terreno perdido por “Tempos Modernos”.

A julgar pelo primeiro capítulo, a nova comédia das sete presta homenagem à novela de Cassiano Gabus Mendes, exibida originalmente entre 1985 e 1986, mas vai além e promete algumas novidades.

De cara, parece óbvia a reverência à zona leste de São Paulo --antes um espaço visto como folclórico, hoje entendido como uma área que merece respeito. Um dos protagonistas da nova “Ti-Ti-Ti”, o costureiro Jacques Leclair (Alexandre Borges), mantém um ateliê na região. O seu público-alvo é formado pelas mulheres da nova classe A paulistana, que o reverenciam, mas ele enfrenta a zombaria de seus filhos, modernos, que enxergam no pai a última flor da cafonice.

Ao texto bem-humorado, às vezes zombeteiro, de Maria Adelaide Amaral, contrapõe-se o humor mais infantil do diretor Jorge Fernando, que ajuda a transformar “Ti-Ti-Ti” numa comédia “solar”, para cima, respeitosa com os personagens de quem pretende rir. É uma combinação interessante, sempre perto de escorregar para a galhofa, mas que pode produzir, se mantido o ritmo da estreia, uma novela das mais divertidas.

Além de fugir do Rio de Janeiro e, mais uma vez, manter o centro da trama em São Paulo, também chamou a atenção no primeiro capítulo a existência de um núcleo localizado em Belo Horizonte. Vamos ver quantos capítulos a turma mineira resiste antes de imigrar para a capital paulista.

É em BH que desenvolve-se outra ousadia, ao menos para o horário --um casal jovem abertamente gay, trocando carinhos em cena. Também chama a atenção em “Ti-Ti-Ti”, ao menos para o público quarentão, o fato de a novela apresentar musas como Malu Mader, Giulia Gam, Claudia Raia e Dira Paes vivendo papéis de mães de filhos crescidos, já no fim da adolescência ou no início da idade adulta.

Primeiro capítulo é cartão de visitas. Na sequência, a novela tem de cinco a seis meses para confirmar ou não as promessas apresentadas. “Ti-Ti-Ti” já passou por isso, 25 anos atrás, o que facilita muito o seu trabalho atual. Mas parece haver algo de novo nesta velha novela. Tomara que consiga manter o ritmo.

Maurício Stycer