“Divã” parece aposta em público segmentado

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A bem-sucedida carreira de “Divã” nos cinemas deve ter facilitado a decisão, aparentemente não muito arriscada, de desenvolver um seriado em torno da personagem central, a confusa e divertida Mercedes, vivida pela mesma atriz, a excelente Lilia Cabral.

Meio drama, meio comédia, o programa explora as angústias, descobertas e alegrias da quarentona recém-separada. Num tom mais contido que o filme, o primeiro episódio da série, muito bem realizado, tratou de colocar Mercedes no papel de amante de um homem casado, Carlos (Domingos Montagner, na foto).

Seja com o terapeuta, seja com uma amiga, Mercedes analisa com muita franqueza o seu papel de “mulher de segunda a quinta-feira”. Sem moralismo, vê os prós e contras da situação. “Vida de amante é assim mesmo”, observa a amiga, que a incentiva a levar adiante o caso.

Ainda que com leveza, “Divã” recoloca em cena uma temática explicitamente feminina, que tende a agradar, se não estou enganado, um segmento específico, o das mulheres de mais de 30. É um caso pouco comum, me parece, na grade noturna da Globo, cuja programação, com exceção do futebol, costuma ambicionar um público mais amplo.

Por Mauricio Stycer

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