Sinopse
Os reis aventureiros da fictícia Seráfia do Norte, Augusto e Cristina, e a bebê Aurora, viajam ao Brasil em busca de um tesouro escondido pelo fundador de seu reino, Dom Serafim. Na viagem, Cristina e a filha são vítimas de uma emboscada arquitetada pela duquesa Úrsula de Bragança, que almeja o lugar da rainha. Mas antes de morrer, Cristina salva Aurora e a entrega para ser criada por um casal de lavradores, que a batiza com o nome de Açucena.
Criada por lavradores no nordeste do Brasil, sem saber que é a princesa de um reino europeu, Açucena se apaixona por Jesuíno, um jovem sertanejo que desconhece ser o filho legítimo do cangaceiro mais famoso da região. No caminho do casal, haverá vários vilões, entre eles Timóteo Cabral, a duquesa Úrsula e seu mordomo e amante Nicolau.
Criada por lavradores no nordeste do Brasil, sem saber que é a princesa de um reino europeu, Açucena se apaixona por Jesuíno, um jovem sertanejo que desconhece ser o filho legítimo do cangaceiro mais famoso da região. No caminho do casal, haverá vários vilões, entre eles Timóteo Cabral, a duquesa Úrsula e seu mordomo e amante Nicolau.
Elenco
CARMO DALLA VECCHIA - Rei Augusto
BIANCA BIN - Açucena / Princesa Aurora
DÉBORA BLOCH - Úrsula de Bragança
CAUÃ REYMOND - Jesuíno
LUIZ FERNANDO GUIMARÃES - Nicolau
NATHÁLIA DILL - Dora (Doralice Peixoto) / Fubá
BRUNO GAGLIASSO - Timóteo Cabral
ZEZÉ POLESSA - Ternurinha Peixoto
MARCOS CARUSO - Patácio Peixoto
CLÁUDIA OHANA - Benvinda
OSMAR PRADO - Delegado Batoré
FELIPE CAMARGO - Petros
MARCELLO NOVAES - Quiquiqui
GUILHERME FONTES - Zenóbio Alfredo
HELOÍSA PERISSÉ - Neusa
PAULA BURLAMAQUI - Penélope
MATHEUS NACHTERGAELE - Miguezim
TUCA ANDRADA - Zóio Furado
MARIANA LIMA - Rainha Helena
JAYME MATARAZZO - Príncipe Felipe
ISABELLE DRUMMOND - Rosa
MIGUEL RÔMULO - Cícero
EMANUELLE ARAÚJO - Florinda
ANDRÉIA HORTA - Bartira
NANDA COSTA - Lilica
MOHAMED HARFOUCH - Farid
EMÍLIO DE MELLO - General Baldini
GENÉZIO DE BARROS - Padre Joaquim
PATRÍCIA WERNECK - Teinha
LUIZA VALDETARO - Antônia
DOMINGOS MONTAGNER - Herculano
LUANA MARTAU - Carlota
GLISÉRIO ROSÁRIO - Setembrinov RENATO GÓES - Fausto
RENAN RIBEIRO - Galego
JOÃO MIGUEL - Belarmino
MAURICIO DESTRI - Príncipe Inácio
FLÁVIA RUBIM - Filó
MATHEUS COSTA - Salim
JOÃO FERNANDES - Nidinho
SOFIA TERRA - Lady Cecília
Vídeos
Dois mundos imaginários inspiram esta história: os contos de fadas e as lendas heróicas do sertão brasileiro. De um lado, uma nova leitura dos contos da Bela Adormecida, Gata Borralheira e Branca de Neve; tantas vezes recontados com sucesso no cinema e na literatura.
Do outro, a incursão no mito do herói sertanejo, tendo como base a figura do "cangaceiro gentil-homem" que ao contrário de um matador cruel, representa, nas palavras de Câmara Cascudo, o nosso "bandoleiro romântico, espécie matuta de Robin Hood... defensor dos fracos, dos velhos oprimidos, das moças ultrajadas, das crianças agredidas."
A união desses imaginários estará representada pelo amor entre a cabocla brejeira, criada por lavradores, sem saber que é a princesa de uma casa real européia, e um jovem sertanejo, que fica proscrito ao ser identificado como o filho legítimo do cangaceiro mais temido e respeitado da região. Quando a família real vem da Europa, em busca da herdeira do trono, o amor dos dois fica ameaçado, e tudo se transforma em Brogodó - a pequena cidade fictícia do nordeste brasileiro, onde vivem nosso casal de protagonistas.
O contraste entre a pompa da nobreza européia e o arcaísmo do sertão nordestino nas décadas de 10 e 30 - dará ensejo a grandes embates, amores românticos, situações de humor e intrigas palacianas. Para incrementar o caráter fantasioso e aventureiro, a história se inicia com uma expedição da família real ao Brasil, em busca de um tesouro escondido pelo fundador do reino de Seráfia, Dom Serafim - inspirada na famosa expedição científica do ex-presidente americano Theodore Roosevelt, e do Marechal Rondon à selva amazônica em 1914. A busca pelo tesouro recomeçará 20 anos depois, acirrando a disputa entre as várias facções de poder em Brogodó e proporcionando momentos de muita ação e suspense.
A ideia é, portanto, criar um espaço ficcional de sonho e fantasia, com pitadas de desatino e irreverência, onde quase tudo pode acontecer e nem tudo precisa ser levado tão a sério. O viés romântico é a tônica desta fábula, sem desprezar, no entanto, seu forte potencial paródico, pitoresco, muito propício a peripécias.
Foram contratadas oito bordadeiras para fazer as peças que compõem o visual do reino fictício de Seráfia. Só com acessórios, foram trazidas 65 malas da França.
Com gravações na França e em Sergipe, Cordel Encantado tem no Projac (Rio de Janeiro) uma cidade cenográfica de 22 mil metros quadrados, criada pelo arquiteto João Irênio. Ela é composta pelos fictícios municípios nordestinos de Brogodó e Vila Cruz.
Do outro, a incursão no mito do herói sertanejo, tendo como base a figura do "cangaceiro gentil-homem" que ao contrário de um matador cruel, representa, nas palavras de Câmara Cascudo, o nosso "bandoleiro romântico, espécie matuta de Robin Hood... defensor dos fracos, dos velhos oprimidos, das moças ultrajadas, das crianças agredidas."
A união desses imaginários estará representada pelo amor entre a cabocla brejeira, criada por lavradores, sem saber que é a princesa de uma casa real européia, e um jovem sertanejo, que fica proscrito ao ser identificado como o filho legítimo do cangaceiro mais temido e respeitado da região. Quando a família real vem da Europa, em busca da herdeira do trono, o amor dos dois fica ameaçado, e tudo se transforma em Brogodó - a pequena cidade fictícia do nordeste brasileiro, onde vivem nosso casal de protagonistas.
O contraste entre a pompa da nobreza européia e o arcaísmo do sertão nordestino nas décadas de 10 e 30 - dará ensejo a grandes embates, amores românticos, situações de humor e intrigas palacianas. Para incrementar o caráter fantasioso e aventureiro, a história se inicia com uma expedição da família real ao Brasil, em busca de um tesouro escondido pelo fundador do reino de Seráfia, Dom Serafim - inspirada na famosa expedição científica do ex-presidente americano Theodore Roosevelt, e do Marechal Rondon à selva amazônica em 1914. A busca pelo tesouro recomeçará 20 anos depois, acirrando a disputa entre as várias facções de poder em Brogodó e proporcionando momentos de muita ação e suspense.
A ideia é, portanto, criar um espaço ficcional de sonho e fantasia, com pitadas de desatino e irreverência, onde quase tudo pode acontecer e nem tudo precisa ser levado tão a sério. O viés romântico é a tônica desta fábula, sem desprezar, no entanto, seu forte potencial paródico, pitoresco, muito propício a peripécias.
Foram contratadas oito bordadeiras para fazer as peças que compõem o visual do reino fictício de Seráfia. Só com acessórios, foram trazidas 65 malas da França.
Com gravações na França e em Sergipe, Cordel Encantado tem no Projac (Rio de Janeiro) uma cidade cenográfica de 22 mil metros quadrados, criada pelo arquiteto João Irênio. Ela é composta pelos fictícios municípios nordestinos de Brogodó e Vila Cruz.
Créditos
Globo - 18h
estreia: 11 de abril de 2011
novela de Duca Rachid e Thelma Guedes
escrita por Duca Rachid, Thelma Guedes, Thereza Falcão e João Brandão
direção de André Fedlipe Binder, roberto Vaz, e Thiago Teitelroit
direção geral de Amora Mautner
núcleo de Ricardo Waddington
Personagens
Raimundo Nonato da Silva
ResponderExcluirA casa que construí
Tem uma bela estrutura
O reboco é de açúcar
Os tijolos raspadura
E o piso é de cocada
Rejuntado com qualhada
Minha casa é uma doçura
Cortei a sapata dela
Com puro queijo de qualho
Empurrei carne moída
Depois bati com o malho
E ladrilhei com batida
A minha casa querida
Custou-me muito trabalho
As colunas da minha casa
São feitas de mortadela
O radie de lingüiça
Arma a estrutura dela
O concreto é carne assada
A brita de carne torrada
Tem na minha casa bela
As linhas são de inhame
Os caibros de macaxeira
As ripas de mandioca
O seu teto é de primeira
Cobri minha moradia
Com bandas de melancia
Retelhei a casa inteira
Tem ária sala e cozinha
E um quarto muito bom
Pintei as paredes dela
Com suco de jerimum
As janelas são de tabocas
Enfeitadas com pipocas
A sua porta marrom
Travesseiro de tapioca
A cama é de algodão
Não tem cadeira nem mesa
Quem chegar senta no chão
Lá o nosso luxo é pouco
O prato é quenga de coco
E a colher é a mão
O sofá é de alface
Almofada é broa preta
A bandeja é de cabaça
Grande como uma maleta
Tem manga pinha e mamão
Eu só não chupo limão
Para não fazer careta
O quadro da minha casa
É uma italiana
Com suas capas de mel
Decora e deixa bacana
Minha casa é boa e linda
Sim o armador ainda
É um cacho de banana
Das casas paraibanas
É a mais linda que tem
Meus porcos comem pamonha
Meus pintos comem xerém
O gado capim e cana
Porque na minha chupana
Um pouco de tudo tem
Todo mundo passa bem
Quem for lá não se atrasa
Lá tem sombra e água fresca
E frango assado na brasa
Eu dou comida e bebida
Só não garanto dormida
Por ser uma pequena casa
Lá em casa tem uma gaiola
Que parece uma ilusão
Os palitos da gaiola
São feitos de maçarão
Quando o pássaro esta com fome
Come os palitos e se some
Mas não fica na prisão
Dentro de um casco de um ovo
Que um dinossauro pôs
Quando o outro foi chocado
Saiu pra fora depois
Eu que nunca dei vacilo
Fiz daquele casco um silo
Pra poder guardar arroz
No meu pumar tem de tudo
O meu quintal é pra frente
Eu plantei no meu monturo
Feijão e milho somente
O feijão o galo carrega
O milho a galinha pega
E quebra todo no dente
A lua clareia a noite
E o sol clareia o dia
A minha casa é no sitio
Lá tenho muita alegria
Ouviu senhor e senhora
Estou mais feliz agora
Porque minha burra deu cria
Lá eu sou muito feliz
Com a minha companheira
Bebo água de cacimba
Do açude e da ribeira
Trabalho e não me esgoto
E tem dia que eu desgot
O açude com a peneira
Eu subo e desço ladeira
Do sitio para a cidade
Já falei da minha casa
E minha propriedade
E se você admira
Não vá pensar que é mentira
O que nunca foi verdade
Um mundo desconhecido
ResponderExcluirAutor poeta
Raimundo Nonato da Silva
Tava dormindo e sonhei
Com um lugar que não conheço
Era um lugar deferente
Sem fim sem meio nem começo
Cidade desconhecida
De casas sem endereço
Só Deus sabe e eu conheço
Porque avistei em sonho
Não é um conto de fada
Apesar de ser risonho
Mas, o lugar é do jeito.
Conforme aqui eu componho
Esta cidade do sonho
Não achei ornamentada
Cada pedra era uma casa
E servia de morada
A pedra era bem molinha
Lá de duro não vi nada
No sul no norte que nada
Não estar em nem um pólo
Nem no céu e nem no ar
Nem na água nem no solo
Nem no alto nem embaixo
Nem também no subsolo
Não há nenhum ser de colo
Neste lugar diferente
Parte intima ficam atrás
A nádega fica na frente
E a cabeça é de banda
Ninguém parece com gente
A boca de cada vivente
Parece um cacimbão cheio
Cada língua dar dois metros
Cada dente é metro e meio
Ô povo triste é aquele
Ô meu Deus que povo feio
Não tem nada de beleza
Eita lugar esquisito
Sem cor sem comer sem água
Não tem silencio nem grito
Doce insosso nem salgado
Não vi nada de bonito
Neste lugar esquisito
Pode crer eu lhe garanto
Se hoje ele estiver aqui
Amanhã ta noutro conto
Não tem menos nem tem mais
Tudo é de um só tanto
O olho de cada um
É uma fogueira acesa
Não tem cama nem tem rede
Não tem cadeira nem mesa
No lugar não tem nem terra
Lá eu vi muita tristeza
Não tem diabo nem tem santo
Nem o bem e nem o mal
E quando não sobe desce
Sempre muda de local
Sem andar e sem voar
E sem ser espacial
Não tem dor nem hospital
Nem doutor e nem remédio
Ninguém sente amor nem casa
Nem rói nem tem dor de tédio
O buraco do nariz
De cada um é um prédio
Ninguém vai por intermédio
Nem dela nem também dele
Ele diz que gosta dela
Ela diz que gosta dele
Meu Deus que terra é aquela
Que povo feio é aquele
Lá eu os vi ela e ele
Lá eu os vi ela e ele
ResponderExcluirOs dois numa só função
Ele era o presidente
Daquela triste nação
E ela a primeira dama
Deste país de ilusão
Meu deus que triste nação
Ô país ruim da peste
Sem distrito federal
Sem capital sem nordeste
Sem estado e município
Sem sertão e sem agreste
Não tem leste nem oeste
Prefeito é sem prefeitura
Governo não tem palácio
Político não tem mistura
Lá é tudo igualitário
Não vi ninguém com frescura
Falei a verdade pura
Acredite seu João
Que lá carro anda sem roda
Sem macha e sem direção
Sem freio e sem gasolina
Sem ser no ar nem no chão
Ninguém usa arma na mão
Diz que guerra é sem futuro
Lá ninguém toma emprestado
Não tem agiota e juro
Ninguém vê um fruto verde
Mas, também não tem maduro.
Não tem claro nem escuro
Eu nem gosto de pensar
Não tem rio nem açude
Terra montanha nem mar
Não sei como aquele povo
Mora naquele lugar
Árvore e pássaro não eu vi lá
Lá não tem vegetação
Nem jornal e nem revista
Radio nem televisão
Este país só parece
Com minha imaginação
Tem outra lua e outro só
Pode acreditar que tem
Deus participou do sonho
Que eu participei também
Nem a metade do sonho
Eu não falei pra alguém
Eu ainda vi também
Um monstro forte e graúdo
No lugar das pernas os braços
Ô gigante cabeludo
Lá eu só não vi aluna
Professor e nem estudo
Foi o país mais graúdo
Que em sonho pude ver
Eu sonhei, mas é um sonho.
Que eu queria esquecer
Outro sonho ruim daquele
Nunca mais eu quero ter
Só em pensar em dizer
Veja só causa atropelo
Cada animal diferente
Com cada tipo de pêlo
Só em vê me arrepiou
Cada fio de cabelo
Ô meu Deus que desmantelo
Eita lugar diferente
Este país é tão feio
Tem cada tipo de gente
Nunca mais eu quero vê
Aquele mundo na frente
Têm cientistas inteligentes
Que diz que são entendidos
Que sabe um pouco dos astros
E pensam que são sabidos
Mas, não descobrem que Deus.
Tem países escondidos
Em busca de outros sentidos
Eu vi nesta terra infinda
Que apesar de não ser
Uma nação ótima e linda
Mas, tem remédio pra AIDS.
E o Brasil não tem ainda
Não é uma terra linda
Mas, quem vive lá tem chance.
De não ser vitima da AIDS
E de não morrer de câncer
Não tem tiro de canhão
E nem tem míssil de lance
O homem não tem alcance
Sabe Deus e o meu eu
Talvez ninguém nunca sonhe
Um sonho como este meu
Este sonho é um presente
Que pai do céu me deu
Se alguém sonhou esqueceu
Não teve conhecimento
Pois se tivesse podia
Ter morrido no momento
Muito embora esta cidade
Está no meu pensamento
Foi grande acontecimento
Outro talvez não aconteça
Um quer vê e se lembrar
Outro pede que eu esqueça
Só sei que é coisa de mais
Para uma só cabeça
Em neste país existe
Coisa errada e coisa exata
Menino com voz de homem
Cachorro com voz de gata
Num sonho eu também pensei
Que eu era um vira lata
De vestido eu vi barata
De paletó percevejo
Calça com mais de cem pernas
Feita para caranguejo
Uma cobra engoliu outra
Só quando foi dar um beijo
Eu mais nunca em sonho vejo
Este lugar de magia
Aonde o homem engravida
E burra também da cria
Mas, antes deu descobrir.
Deus de tudo já sabia
Não é lugar de magia
Mas, tem acontecimento.
Em cada canto a surpresa
Pega a gente no momento
Um ser com cara de gente
E o corpo de jumento
O jumento é o transporte
Lá daquela região
Pernas e braços os pneus
As orelhas a direção
Os olhos são os faróis
O freio é o rabo que nós
Paramos com puxão
Sim antes que eu esqueça
Neste meu sonho sonhado
Em vulto eu ainda vi
Doze paises de lado
Quando eu fui vê o que era
Na hora fui acordado
Este tal lugar falado
Lá não tem homens ateus
Não tem diabo nem tem santo
Escribas nem fariseus
Não tem o bem nem o mal
Também foi feito por Deus
A vorta de lampião
ResponderExcluirAutor poeta
Raimundo Nonato da Silva
Eu ontem á noite sonhei
Que o bandido lampião
Estava de vorta ao Brasi
Pra da uma correção
Nos gabiru de Brasília
Que comero o mensalão
Armado com um facão
O seu rife e um punhá
Entrou com chapéu de couro
No planato federá
Quando a turma de corruto
Lhe viro passaro má
Foi logo no popular
E esculhambou a reca
Disse cadê quem levou
O dinheiro na cueca
Mim traga aqui o safado
Pra eu cortar a munheca
Disse todo mundo peca
E passou pra outra sala
Vou pegar o senvegonho
Que leva dinheiro em mala
E um falso evangélico
Quando uviu perdeu a fala
Lampião disse eu espremo
Prefeito e governador
Vou acabar deputado
Não vai ter mais senador
Outra coisa sem futuro
É o ta do vereador
Só vai ter mermo eleitor
Governador e presidente
Prefeito também vai ter
Mais se robar nossa gente
Eu mato de um e um
Não fica um pra semente
De onde tira e não bota
Se acaba e ninguém descobre
Porque a justiça vê
Se faz de sega e encobre
E os macacos do governo
Só sabe preseguir pobe
Tenho raiva de quem bota
Os pobe pa tabaiá
E depois não paga o salaro
Que os coitados ganhar
Mais na minha vorta agora
Quem for rim vai se ajeitar
Essa turma do congresso
Não durma não se acorde
Eu vim acabar o crime
A mamata e a desorde
Quem não agüentar abra
Que o Brasi vai ter orde
Vou mudar os generá
Comandante e coroné
Eu vou botar os meu cabra
Porque a mim são fié
E os político que robar
Eu corto as mão e os pé
Secretario nota dez
De justiça do Brasi
Vai ser meu cabra curisco
Armado com um fuzi
E o político pá robar
Só se for muito imbeci
Oto cabra de veigonha
É meu cabra jararaca
Vai comandar o nordeste
Sei que ele se destaca
Agora um prefeito robe
Pra ser cortado de faca
Tudo agora vai mudar
ResponderExcluirSaba que o meu destino
É miorar o Brasi
E o sertão nordestino
Doido é quem se meter
Na frente de Virgulino
Esses cabras corta jaca
E chefe politiqueiro
Que quer vender o povão
Pa ficar com o dinheiro
Onde eu suber que tem um
Vou botar um cangaceiro
Lampião disse a justiça
Do Brasi não ta com nada
Ela se vende os políticos
Como se fosse cocada
Quem vai botar orde agora
É eu e minha cambada
Disse a justiça é mais lenta
Que passo de tartaruga
Os eleitor não tem chance
E os políticos tem fuga
Se os rico sujar as mão
A justiça lava e enxuga
Lampião disse eu vou ser
Advogado e juiz
Acuso e faço a defesa
Do jeito que sempre quis
Quem me desobedecer
Eu quebro o pau do nariz
O ser humano é de carne
A se fosse de madeira
Se político virar lenha
Vou passar a noite inteira
Queimando esses sangue suga
De Brasília na caeira
Quem sobrar vai pra fogueira
Ou para o forno de bolo
Eu já não suporto mais
Quem faz o pobre de tolo
Meu povo não brinque não
Em Brasília tem ladrão
Que da pa queimar tijolo
Chega de justiça lenta
Juiz e advogado
O político que robar
Pro mim mermo ele é caçado
Seu pegar o sinvegoi
Eu vou matar bem matado
Eu mermo faço o jurado
E também dou a sentença
Eu vou mostrar que não é
Como algums marajá pensa
E quem se achava o ta
Vai ter que me dar a bença
Chamou de seiscentos diabo
Os políticos que robava
Gota serena da peste
Lampião arto gritava
E falou assim ôxente
O Brasi quais se acabava
Disse uma gota serena
É o ladrão de gravata
Porem a despois que eu
Acabar toda mamata
No eis juiz niculau
Mando meter a chibata
Lampião pegou os caba
E açoitou com chicote
Banhou com água de sá
Fria tirada do pote
Tinha um bucado gemendo
De longe eu fiquei só vendo
Os caba dando pinote
Lampião disse eu só temo
A Deus que é pai eterno
Eu sei que o Brasi hoje
Ta diferente e moderno
Mais eu faço a CPI
E mando os ladrão pro inferno
Uviu seu Lula se esforce
Vou da ota chanche a Lula
Não beba e viaje pouco
Trabai como uma mula
Vós me cê é nordestino
Com você não tem quem bula
Ao invés de avião
Lula vai andar de pé
Chega de luxo e conforto
Mordomia de oté
Se não fizer o que eu mando
Já sabe como é qui é
Pru você ser nordestino
Eu li tratei com carim
Mais se você no prestar
Com você eu vou ser rim
Li tiro da presidência
E boto Ontôe garotim
Disse ele eu já to farto
De vê tanta safadeza
Eu vim pra tirar a mama
De quem massacra a pobreza
Finalizou o discurso
Dando um bofete na mesa
Lampião foi muito macho
Provou ter autoridade
Mais isso só foi um sonho
Não foi na realidade
Porque quando eu acordei
Vi que não era verdade
Mais isso foi Virgulino
Que falou não foi eu não
Como disse foi um sonho
Como sonho é ilusão
Nosso Brasi continua
Na merma esculhambação
Não quero atingir ninguém
Da política Brasileira
A todos peço desculpa
Como sonho é brincadeira
Mais se lampião vortasse
Fazia dessa maneira
Cordel para Duca Richid sou um semples poeta repentista violeiro e cordelista componho músicas sou um homem de bem mas, o povo diz que eu seria um bom ator tipo matador de aluguel ou justiceiro.
ResponderExcluir