Sinopse
Em 1917, durante a Revolução Russa, três jóias valiosíssimas desaparecem misteriosamente. Já em 2004, uma delas reaparece em poder de Circe Cipriatis, uma das proprietárias da Metamorphoses, uma clínica de estética e cirurgia plástica. Lia, filha bastarda do fundador da clínica, esconde detalhes de sua vida e das duas meias-irmãs, Circe e Diana.
Circe casa-se com Takashi Mifume, um integrante da Yazuka, a temida máfia japonesa. Vai em lua-de-mel para o Japão e lá, pressionada pelo marido é obrigada a operar um chefão do crime mudando o seu rosto. Auxiliada por Mifune, foge para o Brasil e traz na bagagem, sem saber, uma jóia misteriosa. Na chegada é perseguida por criminosos e sofre um acidente de carro com a irmã Lia. Lia morre na tragédia e Circe toma o lugar dela. Circe passa por um transplante de face e recebe os tecidos de Lia, cirurgia essa feita por sua irmã Diana. Enquanto Lia morre, Circe acorda da cirurgia amnésica e de rosto novo.
Circe terá que viver com a identidade e o rosto da irmã caçula e assim, enganar a todos que ama. A máfia japonesa continuará procurando a jóia, que no acidente desaparece, e passa a correr nas mãos dos demais personagens gerando uma busca incansável da máfia pelo tão cobiçado objeto. O entrecho policial fica a cargo do detetive Marcos Ventura, o responsável pela investigação do sumiço da jóia.
Elenco
Ator | Personagem |
---|---|
Paulo Betti | Marcos Ventura |
Vanessa Lóes | Lia / Circe |
Luciano Szafir | Lucas Mendonça |
Luciene Adami | Diana Sartori |
Francisca Queiroz | Ana Valentina |
Zé Carlos Machado | Carlos Rabelo |
Talita Castro | Nina |
Rodrigo Lombardi | Fábio Fraga |
Maria Ribeiro | Patrícia |
David Cardoso Jr. | Eduardo (Dudu) |
Ilana Kaplan | Joseane |
Tallyta Cardoso | Tallyta |
Mariana Dubois | Valéria |
Fabiana Alvarez | Maria Rita (Ritinha) |
Eda Nagayama | Júlia |
Fernando Pavão | Ivan |
Edson Montenegro | Sérgio (CG) |
Fábio Yoshihara | Toru |
Ken Kaneko | Aoki |
Lívia Rossi | Daniela |
André Ricardo | Tico |
Sidney Santiago | Xarope |
Nill Marcondes | Jamanta |
Míriam Freitas | Sueli / Yedda |
Liu Fusushima | Okima |
- Atriz convidada
Ator | Personagem |
---|---|
Lígia Cortez | Lia / Circe |
- Ator convidado
Ator | Personagem |
---|---|
Kissei Kumamoto | Takashi Mifune / Nikki Mifune |
- Apresentando
Ator | Personagem |
---|---|
Domingos Meira | Diogo |
- Participação especial
Ator | Personagem |
---|---|
Zezé Motta | Prazeres da Anunciação |
Lúcia Alves | Isabela Franco (Bel) |
Suely Franco | Lourdes |
- &
Ator | Personagem |
---|---|
Joana Fomm | "como" Margot |
Gianfrancesco Guarnieri | "como" Dr. Eugênio Alencastro |
Myrian Muniz | "como" Aspásia |
Personagens
Fonte: Reprodução / Rede Record
Bastidores
Metamorphoses reativou o núcleo de teledramaturgia da Record, desativado desde 2001, quando foi ao ar a novela Roda da Vida. Ao contrário de sua última incursão no gênero, Metamorphoses foi fruto de uma parceria entre a Record e a produtora Casablanca, iniciada há três anos com a série A Turma do Gueto.
A decisão de voltar aos folhetins fazia parte da estratégia para atingir uma faixa mais ampla da audiência e tentar superar o SBT (o segundo lugar) em ibope e faturamento. O que acabou não acontecendo.
Na semana de estréia, a novela teve média de 6 pontos de audiência. O primeiro capítulo teve média de 11 pontos com pico de 17. No entanto, o desempenho da atração não se manteve. Desde abril a novela vinha apresentando uma audiência média que oscilava entre 2 e 3 pontos.
A principal explicação para este fiasco estava no próprio texto. A trama rocambolesca era contada de forma linear, como se fosse um filme. Os folhetins, desde sempre, têm a característica de a cada capítulo recontar toda a trama para quem está vendo, ouvindo ou vendo pela primeira vez. Tanto que é possível acompanhar qualquer novela normal assistindo a um capítulo por semana, por exemplo. O que Metamorphoses fez é desprezar a técnica desenvolvida desde os primeiros folhetins. E conseguiu com isso afastar quem não é telespectador assíduo.
A Record inovou na data de estréia de sua produção: um domingo (14/03/2004), às 20h15. Pelo horário e pelo estranho dia da estréia, percebeu-se que a Record não queria briga com Celebridade, concorrente global no horário na época. A tática era roubar a audiência do Jornal Nacional enquanto a novela de Gilberto Braga não entrava no ar.
A emissora investiu pesado para divulgar Metamorphoses. Foram mais de R$ 1 milhão gastos em outdoors e anúncios em revistas e jornais.
Além da pesada campanha publicitária, Metamorphoses começou cercada por uma polêmica. Mário Prata foi chamado pela diretora Tizuka Yamasaki para ser o autor da trama, mas abandonou o projeto por interferências, segundo ele, da dona da produtora Casablanca, Arlete Siaretta, parceira da emissora na produção da novela. Uma equipe de seis escritores deu forma às cenas e assinou conjuntamente com o pseudônimo de Charlote K.
Três sinopses de Metamorphoses teriam sido desenvolvidas. Uma de Arlete Siaretta, outra de Marcílio Moraes e uma terceira de Mário Prata - que, segundo ele, foi baseada na idéia original de Arlete. Depois de alguns ajustes, a sinopse foi aprovada e Mário estaria responsável pela trama. Após anunciada a saída do autor, porém, a Casablanca declarou que ele só foi contratado para escrever os dez primeiros capítulos e que seu contrato expirou em dezembro.
Mário Prata também deu sua versão: "Estava no oitavo capítulo quando recebi o primeiro reescrito e vi que Arlete inseriu cenas da sinopse dela. Se o resultado fosse bom, eu ficaria quieto. Mas não era o caso...", destilou o autor.
A novela foi rodada em alta-definição (HDTV), um recurso que dá mais qualidade à imagem da televisão, aproximando-a do cinema. Com esse sistema, cada capítulo não saiu por menos de 40 mil dólares.
A emissora apostou numa experiência ousada, misturando ficção com realidade. Alguns artistas passaram por cirurgias plásticas na vida real, que foram gravadas e usadas dentro da trama, numa espécie de reality show.
As atenções também se voltaram para a estreante em novelas Tallyta Cardoso, 26 anos, filha do ator David Cardoso. A atriz foi submetida a cirurgias plásticas realizadas pelo cirurgião Evaldo Bolivar de Souza Pinto e exibidas na novela.
Para as gravações, a Casablanca produziu um núcleo de teledramaturgia em uma casa na região do Ibirapuera, em São Paulo, onde foram locados os sets de Metamorphoses. A casa foi adaptada e redecorada para atender aos núcleos da novela, entre eles o da Clínica Methamorphoses e o do restaurante oriental onde se passava parte da trama.
O tema de abertura oficial de Metamorphoses era a música Olhar de Mulher, interpretada por Leila Pinheiro. Mas ainda no início da novela, o tema de abertura passou a variar: outras músicas da trilha sonora foram tocadas alternadamente.
Numa tentativa de salvar a novela, a escritora Letícia Dorneles foi contratada para dar continuidade à trama. Para tanto a autora eliminou a maioria das tramas paralelas e personagens. Paulo Betti deixou a novela em sua "nova fase", em junho, assim como Vanessa Lóes e os japoneses da Yakuza. Quase todo o elenco foi renovado. Permaneceram apenas Luciano Szafir, Luciene Adami, Zezé Motta, Talyta Cardoso e Domingos Meireles. Mas a audiência não melhorou.
A Record decidiu então dar um ponto final na trama. A novela terminou com 20 capítulos a menos do previsto e a maioria dos personagens não teve o desfecho apropriado. Os autores e elenco de Metamorphoses não foram informados com antecedência do encurtamento da novela. Segundo a atriz Rosaly Papadopol, os atores foram interrompidos no meio de uma gravação e convocados a uma reunião:
"Fomos informados de que gravaríamos apenas até sexta-feira (6) e depois estávamos dispensados. Todos ficaram passados, não sabiam se riam ou choravam. A novela não vai ter desfecho nenhum. Acho um desrespeito com os atores, técnicos, dramaturgos e telespectadores."
A iniciativa de encurtar a trama partiu da Record. De acordo com seu contrato com a Casablanca, a Record encomendou um produto que poderia ter até 144 capítulos, mas não obrigatoriamente todos eles.
No último capítulo, gravado em sigilo, Vanessa Lóes, que tinha deixado a trama, estava de volta. O elenco da segunda fase não gravou o fim de seus personagens - um narrador explicou o que aconteceu com cada um deles. Os únicos atores que gravaram o último capitulo, além de Vanessa Lóes, foram os que participaram das duas fases da novela.
Créditos
Record - 20h15
de 14 de março a 27 de agosto de 2004
122 capítulos
novela de Arlete J. Gaudin
escrita por Yoya Wursch, Jaqueline Vargas, Mireille Gaudin de Moraes e Vívian de Oliveira (1ª fase)
e Letícia Dornelles (2ª fase)
direção de Pedro Siaretta, Tânia Lamarca, João Camargo, João Biscalchini e Vicente Barcellos
direção geral de Pedro Siaretta
núcleo Charlotte K.
A decisão de voltar aos folhetins fazia parte da estratégia para atingir uma faixa mais ampla da audiência e tentar superar o SBT (o segundo lugar) em ibope e faturamento. O que acabou não acontecendo.
Na semana de estréia, a novela teve média de 6 pontos de audiência. O primeiro capítulo teve média de 11 pontos com pico de 17. No entanto, o desempenho da atração não se manteve. Desde abril a novela vinha apresentando uma audiência média que oscilava entre 2 e 3 pontos.
A principal explicação para este fiasco estava no próprio texto. A trama rocambolesca era contada de forma linear, como se fosse um filme. Os folhetins, desde sempre, têm a característica de a cada capítulo recontar toda a trama para quem está vendo, ouvindo ou vendo pela primeira vez. Tanto que é possível acompanhar qualquer novela normal assistindo a um capítulo por semana, por exemplo. O que Metamorphoses fez é desprezar a técnica desenvolvida desde os primeiros folhetins. E conseguiu com isso afastar quem não é telespectador assíduo.
A Record inovou na data de estréia de sua produção: um domingo (14/03/2004), às 20h15. Pelo horário e pelo estranho dia da estréia, percebeu-se que a Record não queria briga com Celebridade, concorrente global no horário na época. A tática era roubar a audiência do Jornal Nacional enquanto a novela de Gilberto Braga não entrava no ar.
A emissora investiu pesado para divulgar Metamorphoses. Foram mais de R$ 1 milhão gastos em outdoors e anúncios em revistas e jornais.
Além da pesada campanha publicitária, Metamorphoses começou cercada por uma polêmica. Mário Prata foi chamado pela diretora Tizuka Yamasaki para ser o autor da trama, mas abandonou o projeto por interferências, segundo ele, da dona da produtora Casablanca, Arlete Siaretta, parceira da emissora na produção da novela. Uma equipe de seis escritores deu forma às cenas e assinou conjuntamente com o pseudônimo de Charlote K.
Três sinopses de Metamorphoses teriam sido desenvolvidas. Uma de Arlete Siaretta, outra de Marcílio Moraes e uma terceira de Mário Prata - que, segundo ele, foi baseada na idéia original de Arlete. Depois de alguns ajustes, a sinopse foi aprovada e Mário estaria responsável pela trama. Após anunciada a saída do autor, porém, a Casablanca declarou que ele só foi contratado para escrever os dez primeiros capítulos e que seu contrato expirou em dezembro.
Mário Prata também deu sua versão: "Estava no oitavo capítulo quando recebi o primeiro reescrito e vi que Arlete inseriu cenas da sinopse dela. Se o resultado fosse bom, eu ficaria quieto. Mas não era o caso...", destilou o autor.
A novela foi rodada em alta-definição (HDTV), um recurso que dá mais qualidade à imagem da televisão, aproximando-a do cinema. Com esse sistema, cada capítulo não saiu por menos de 40 mil dólares.
A emissora apostou numa experiência ousada, misturando ficção com realidade. Alguns artistas passaram por cirurgias plásticas na vida real, que foram gravadas e usadas dentro da trama, numa espécie de reality show.
As atenções também se voltaram para a estreante em novelas Tallyta Cardoso, 26 anos, filha do ator David Cardoso. A atriz foi submetida a cirurgias plásticas realizadas pelo cirurgião Evaldo Bolivar de Souza Pinto e exibidas na novela.
Para as gravações, a Casablanca produziu um núcleo de teledramaturgia em uma casa na região do Ibirapuera, em São Paulo, onde foram locados os sets de Metamorphoses. A casa foi adaptada e redecorada para atender aos núcleos da novela, entre eles o da Clínica Methamorphoses e o do restaurante oriental onde se passava parte da trama.
O tema de abertura oficial de Metamorphoses era a música Olhar de Mulher, interpretada por Leila Pinheiro. Mas ainda no início da novela, o tema de abertura passou a variar: outras músicas da trilha sonora foram tocadas alternadamente.
Numa tentativa de salvar a novela, a escritora Letícia Dorneles foi contratada para dar continuidade à trama. Para tanto a autora eliminou a maioria das tramas paralelas e personagens. Paulo Betti deixou a novela em sua "nova fase", em junho, assim como Vanessa Lóes e os japoneses da Yakuza. Quase todo o elenco foi renovado. Permaneceram apenas Luciano Szafir, Luciene Adami, Zezé Motta, Talyta Cardoso e Domingos Meireles. Mas a audiência não melhorou.
A Record decidiu então dar um ponto final na trama. A novela terminou com 20 capítulos a menos do previsto e a maioria dos personagens não teve o desfecho apropriado. Os autores e elenco de Metamorphoses não foram informados com antecedência do encurtamento da novela. Segundo a atriz Rosaly Papadopol, os atores foram interrompidos no meio de uma gravação e convocados a uma reunião:
"Fomos informados de que gravaríamos apenas até sexta-feira (6) e depois estávamos dispensados. Todos ficaram passados, não sabiam se riam ou choravam. A novela não vai ter desfecho nenhum. Acho um desrespeito com os atores, técnicos, dramaturgos e telespectadores."
A iniciativa de encurtar a trama partiu da Record. De acordo com seu contrato com a Casablanca, a Record encomendou um produto que poderia ter até 144 capítulos, mas não obrigatoriamente todos eles.
No último capítulo, gravado em sigilo, Vanessa Lóes, que tinha deixado a trama, estava de volta. O elenco da segunda fase não gravou o fim de seus personagens - um narrador explicou o que aconteceu com cada um deles. Os únicos atores que gravaram o último capitulo, além de Vanessa Lóes, foram os que participaram das duas fases da novela.
Créditos
Record - 20h15
de 14 de março a 27 de agosto de 2004
122 capítulos
novela de Arlete J. Gaudin
escrita por Yoya Wursch, Jaqueline Vargas, Mireille Gaudin de Moraes e Vívian de Oliveira (1ª fase)
e Letícia Dornelles (2ª fase)
direção de Pedro Siaretta, Tânia Lamarca, João Camargo, João Biscalchini e Vicente Barcellos
direção geral de Pedro Siaretta
núcleo Charlotte K.
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