O autor João Emanuel Carneiro no lixão cenográfico de "Avenida Brasil", a nova novela das nove. Foto: Renato Rocha Miranda/TV Globo
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o autor João Emanuel Carneiro, grande revelação dos últimos anos, explicou como criou a trama de seu novo folhetim, "Avenida Brasil", que terá uma anti-heroína.
Com estreia marcada para o próximo dia 26, "Avenida Brasil" têm Nina (Débora Falabella), como protagonista. A personagem terá uma infância sofrida, com direito a abandono em lixão, e se vingará da responsável pela penúria: a vilã Carminha (Adriana Esteves), sua madrasta.
"A história surgiu porque eu sempre quis torcer pelo bandido. E eu quis inventar um personagem, que é a Nina [Débora Falabella], que fará coisas atrozes por justa causa, contra alguém realmente mau. É uma heroína que age como vilã. Quis torcer por alguém que faz atrocidades e estar tranquilo por poder torcer. Isso é o que me estimula a fazer essa novela. Toda novela que eu fiz é filha da anterior, porque você naturalmente pensa em outra história. "Avenida Brasil" surgiu da vontade de torcer para a Flora [vilã de "A Favorita"], eu gostava dela, mas não podia torcer. "Ela (Nina) é uma menina que levou um golpe em 1999. Ela mora com o pai [Tony Ramos] e a madrasta [Adriana Esteves] e percebe que o pai seria roubado. Ela consegue avisá-lo a tempo, mas ele entra pelo cano e, depois disto, a madrasta a abandona no lixão. Essa menina volta 12 anos depois e vai trabalhar como empregada doméstica na casa da ex-madrasta, que não a reconhece, e vai destruir aos poucos a vida da patroa", explica João Emanuel.
Em sua segunda novela no horário nobre, o dramaturgo retrata as camadas populares, mas nega uma busca pela audiência da "nova classe C": "O escritor é um observador do que está em volta dele. Estou morando há três meses em Copacabana e aqui noto muito o Brasil do Lula, essa nova classe média. Acho curioso porque tem menos tensão social, já está um pouco uniformizado, não é como em Ipanema, onde você vê o menino do morro e o cara que mora na praia. A minha novela é um pouco sobre isso também, tá havendo uma ascensão de pessoas que não tinham acesso a um bando de coisas e que agora têm, e como isso vai influenciar o perfil cultural dessas pessoas, qual vai ser a cara dessa nova classe média", justifica.
O autor também comentou sobre o elenco e desmentiu algumas fofocas quanto à escalação:
"Não perdi o Domingos, nem a Taís (Araújo), nem a Juliana (Paes), nunca os quis para este trabalho, nunca foram cogitados", explicou.
Com estreia marcada para o próximo dia 26, "Avenida Brasil" têm Nina (Débora Falabella), como protagonista. A personagem terá uma infância sofrida, com direito a abandono em lixão, e se vingará da responsável pela penúria: a vilã Carminha (Adriana Esteves), sua madrasta.
"A história surgiu porque eu sempre quis torcer pelo bandido. E eu quis inventar um personagem, que é a Nina [Débora Falabella], que fará coisas atrozes por justa causa, contra alguém realmente mau. É uma heroína que age como vilã. Quis torcer por alguém que faz atrocidades e estar tranquilo por poder torcer. Isso é o que me estimula a fazer essa novela. Toda novela que eu fiz é filha da anterior, porque você naturalmente pensa em outra história. "Avenida Brasil" surgiu da vontade de torcer para a Flora [vilã de "A Favorita"], eu gostava dela, mas não podia torcer. "Ela (Nina) é uma menina que levou um golpe em 1999. Ela mora com o pai [Tony Ramos] e a madrasta [Adriana Esteves] e percebe que o pai seria roubado. Ela consegue avisá-lo a tempo, mas ele entra pelo cano e, depois disto, a madrasta a abandona no lixão. Essa menina volta 12 anos depois e vai trabalhar como empregada doméstica na casa da ex-madrasta, que não a reconhece, e vai destruir aos poucos a vida da patroa", explica João Emanuel.
Em sua segunda novela no horário nobre, o dramaturgo retrata as camadas populares, mas nega uma busca pela audiência da "nova classe C": "O escritor é um observador do que está em volta dele. Estou morando há três meses em Copacabana e aqui noto muito o Brasil do Lula, essa nova classe média. Acho curioso porque tem menos tensão social, já está um pouco uniformizado, não é como em Ipanema, onde você vê o menino do morro e o cara que mora na praia. A minha novela é um pouco sobre isso também, tá havendo uma ascensão de pessoas que não tinham acesso a um bando de coisas e que agora têm, e como isso vai influenciar o perfil cultural dessas pessoas, qual vai ser a cara dessa nova classe média", justifica.
O autor também comentou sobre o elenco e desmentiu algumas fofocas quanto à escalação:
"Não perdi o Domingos, nem a Taís (Araújo), nem a Juliana (Paes), nunca os quis para este trabalho, nunca foram cogitados", explicou.
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