Túnel do Tempo: "Belíssima"

Já se passaram exatamente 6 anos da estreia de "Belíssima", uma grande obra de Silvio de Abreu. A trama trouxe para o horário nobre a cultura milenar grega e as particularidades de seu povo, uma idéia que partiu do próprio autor.

Muitos foram os destaques da trama. Fernanda Montenegro esteve irrepreensível na pele da grande vilã Bia Falcão. O casal vivido por Reynaldo Gianecchini e Cláudia Raia demonstrou a química na dose certa entre o romance e o humor. Tony Ramos, cujo personagem, o grego Nikos, chegou a irritar parte dos telespectadores, demonstrou mais vez o seu talento e carisma para criar tipos. E, por conta do sucesso das personagens Mary Montilla e Guida Guevara, suas intérpretes, Carmem Verônica e Íris Bruzzi, estrelaram um show após a novela.

Umas das novidades de "Belíssima", foi Jamanta, personagem de Cacá Carvalho em "Torre de Babel", voltou à cena após sete anos. O convite partiu do autor e foi prontamente atendido: "Jamanta é um personagem do qual eu gosto muito, que fez enorme sucesso e que ainda pode ser muito explorado", elogiou Silvio de Abreu. No último capítulo, no casamento de Jamanta com Regina da Glória (Lívia Falcão), foi a vez de outra personagem de "Torre de Babel" reaparecer: Luzineide, vivida por Eliane Costa.

Silvio de Abreu escreveu cinco finais para "Belíssima". O final escolhido foi o quarto, mas a produção chegou a gravar cenas para despistar a imprensa - gravaram uma cena em que Vitória (Cláudia Abreu) leva um tiro, mas na cena que foi ao ar, a vítima era André (Marcello Antony).

A novela contou com cenas gravadas na Grécia: e com locações nas ilhas Milos e Santorini e também na capital, Atenas. Para as primeiras gravações no país, a equipe da novela contou com o reforço de 40 profissionais gregos.

Para complementar as cenas gravadas na Grécia, uma grande cidade cenográfica foi construída na Ilha de Guaratiba, zona oeste do Rio. A equipe de cenografia liderada por May Cordeiro trouxe referências do outro continente, para retratar com perfeição a atmosfera grega.

A cidade cenográfica construída no Projac recebeu atenção especial. Pelo fato da história de passar em São Paulo era preciso substituir o verde da Central Globo de Produção pelos aranha-céus paulistanos. Esta paisagem metropolitana foi inserida virtualmente através de computação gráfica. Além da vista panorâmica de São Paulo inserida virtualmente, a tecnologia também fez com que alguns edifícios que existem na cidade cenográfica, de dois ou três andares, fossem clonados para ficarem ainda maiores.

Entre as cenas gravadas na capital paulista, onde se passava a história, duas se destacaram por serem eventos que envolveram uma super produção. No primeiro, em comemoração aos 50 anos da empresa Belíssima, vários modelos desfilaram pelo centro da cidade, se exibindo em monumentos histórios. Já no segundo evento, realizado no Estádio do Pacaembu, outras modelos fizeram a abertura do jogo entre Corinthians e São Paulo, para apresentatem o lançamento da marca de lingeries Lindona.

Um workshop foi realizado e que contou com a presença de profissionais da área de psicologia, história, astrologia e dança grega.

Os principais eventos de moda brasileiros, o Rio Fashion e o São Paulo Fashion Week serviram de laboratório para o autor e também para os atores.

Gisele Bündchen foi convidada para fazer a abertura da novela, por motivo de outros trabalhos a modelo não pode fazer. A top Michelle Alves assumiu.

Numa homenagem às vedetes do teatro rebolado, o show de Mary Montilla e Guida Guevara, dirigido por Carlos Manga, no último capítulo, trouxe a participação das estrelas Virgínia Lane, Dorinha Duval, Marly Marley, Esther Tarsitano, Anilza Leoni, Eloina, Elizabeth Gasper, Rosinda Rosa, Brigitte Blair, Lia Mara, Lílian Fernandes, Teresa Costelo, Vitória Régia, Maria Quitéria, Maria Pompeu e Lady Hilda.

"Belíssima" foi a primeira novela dos atores Marcelo Médici, Leona Cavalli e Letícia Birkheuer.

Há 6 anos, direto do Túnel do Tempo!

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