Sinopse
A ação se desenvolve de 1955 até 2006, contando a história de Antônio Maciel. Ele é um homem decidido em sua difícil escalada social, com suas conquistas e fracassos profissionais, e com seus conflitos amorosos, envolvendo duas mulheres de temperamentos e níveis sociais opostos: Carolina, mulher da terra e rude, e Luiza, moça fina e estudada. Luiza pertence à poderosa família Salles Jordão, donos da maior fazenda de Guará, cidade do interior paulista, e líderes políticos da região. Seu irmão, Atílio, se tornará o maior rival de Antônio. Ele é um produtor de café com temperamento agressivo, arraigado à terra e ultraconservador.
A trama se divide nas quatro fases da vida de Antônio Maciel. No início, ele é um vendedor de defensivos agrícolas que acaba de fazer uma boa venda, mas perde tudo: é roubado por uma mulher aventureira, Fausta, que leva todo o dinheiro que havia recebido. Desempregado e endividado, Antônio persegue Fausta e é assim que chega a Guará. Lá, a vilã pretende aplicar um golpe na família Salles Jordão fazendo se passar por uma representante do governo federal que ajudará na campanha eleitoral. Antônio, sabendo bem quem é Fausta, vinga-se e usa-a como trampolim para uma rápida ascensão na cidade. Apesar de amar Luiza e ser correspondido, ele acaba se casando com Carolina após engravidá-la, e Luiza, por sua vez, casa-se com Camilo, negociante de algodão com quem vai morar nos Estados Unidos. Antônio chega a eleger-se prefeito de Guará, mas é obrigado a sair da cidade após perder o que conquistou ao ser mal-sucedido nos negócios.
Brasília começa a ser construída e Antônio vislumbra uma nova chance. Vai para o Planalto Central participar da épica construção da nova capital. Trabalha dia e noite e consegue se firmar novamente, associando-se a Edouard Girard, um poderoso empreiteiro de obras. Inaugurada a nova capital, Antônio volta a São Paulo. Ansioso por novos desafios, luta com enormes dificuldades contra concorrentes muito poderosos, e conquista uma posição cada vez mais firme. Bem relacionado com pessoas ligadas ao poder, reencontra Fausta. Através dela, conhece o empresário Otávio Gama e, após a morte dele, Antônio torna-se o presidente de suas empresas. Já separado de Carolina, depois de um casamento infeliz, envolve-se com a viúva de Otávio, Manuela. Antônio passa então a gerir uma fortuna que jamais imaginou controlar. Luiza, também vivendo uma crise em seu casamento, retorna ao Brasil e os dois voltam a se relacionar.
Maduro, com o casamento desfeito, Antônio passa a rever suas prioridades e sua felicidade com Luiza passa a ser seu maior objetivo, junto com o futuro do filho, Tony. No mundo dos negócios, sem deixar de lado o característico espírito empreendedor, ele atinge uma situação mais que confortável e, vitorioso, compra as principais fazendas de Guará: a das Águas, de seu sogro Nestor Castanho, que registra no nome do filho, e a do Casarão, do hoje falido cafeicultor Atílio. Os Salles Jordão, na década de 1970, já não são os milionários de antes, abatidos pelas sucessivas crises da lavoura de café. Aos 80 anos, Antônio relembra sua trajetória no cinema que mandou construir na cidade, hoje abrigando uma loja, e morre, após declarar mais uma vez seu amor por Luiza.
Elenco
- Atrizes Convidadas
Atriz | Personagem |
---|---|
Etty Fraser | Mariazinha |
Sônia Guedes | Maria |
- Atores Convidados
Ator | Personagem |
---|---|
Cecil Thiré | Júlio Sales Jordão |
Gracindo Júnior | Nestor Castanho |
Cleide Yáconis | como Joana Sales Jordão |
Personagens
Fonte: Reprodução / Rede Record
Abertura
Com Cidadão Brasileiro a Record inaugurou seu segundo horário de novelas, e com um grande trunfo nas mãos: o autor Lauro César Muniz, ex-global com vários sucessos no currículo.
A trama que girou em torno do empreendedor Antônio Maciel, contou ao todo com três fases: 1955 a 1960, década de 60 e década de 70. Ainda, houve um epílogo nos dias atuais (2006).
O orçamento de cada capítulo ficou em torno de 150 mil reais. A estreia se deu no mesmo dia em que a Globo levou ao ar o primeiro capítulo do remake de Sinhá Moça, às 18 horas. A Record, visando chamar a atenção dos telespectadores para sua nova trama que estreava na mesma data, sorteou automóveis e uma casa a quem respondesse à pergunta "qual a novela da Record que estréia dia 13 de março?".
A novela estreou às 20h30, mas a entrada no ar da propaganda eleitoral gratuita provocou mudança no horário para as 21h20. Já próxima do fim, nova alteração, para as 22 horas, numa estratégia da emissora para acostumar o público com este novo horário de novelas.
Em uma das primeiras reuniões do autor com a Record, a intenção era de levar a novela ao ar no segundo semestre de 2005. A demora para encontrar atores e diretores que não estivessem contratados por outra emissora fez com que a Record adiasse por vários meses a estreia da trama.
Com o mercado de dramaturgia crescendo em todas as emissoras, a busca atrás de atores para a escalação do casting foi grande. A vontade da Record de constituir um elenco de ex-globais fez com que a Globo assinasse contrato com grande parte de seus artistas, que antes trabalhavam por obra. A solução foi negociar em segredo com os profissionais para que a concorrente não os procurasse.
O nome do protagonista, Antônio Maciel (Gabriel Braga Nunes), é uma fusão de dois outros personagens de Lauro César Muniz: João Maciel (Paulo Gracindo) de O Casarão (1976), e Antônio Dias (Tarcísio Meira) de Escalada (1975) - a novela global que serviu de base para a produção da Record, com história retrabalhada pelo próprio autor.
Dois atores participaram tanto de Cidadão Brasileiro quanto de Escalada: Cecil Thiré e André Valli. Este último interpretou o personagem Zoreia em Escalada - um dos cúmplices do golpe na cidade do interior na primeira fase -, e em Cidadão Brasileiro André Valli foi Gasosa, outro personagem, mas que teve na trama função semelhante.
Boa parte da trama se passava na cidade de Guará, no interior paulista. Foi uma homenagem do autor à cidade onde ele cresceu. Para isso foi construída uma cidade cenográfica em uma fazenda em Bragança Paulista, interior de São Paulo. Foi investido R$ 1,5 milhão na construção da cidade, que contou com 40 alqueires, o equivalente a 1 milhão de metros quadrados.
Ao longo da história, o autor fez referências a personagens e temas de outras obras suas. Atílio (Floriano Peixoto), chefe político de Guará, citou uma cidade próxima, que seria Tangará - utilizada por Muniz em O Casarão e O Salvador da Pátria - e um político local, Quinzote, personagem de Mário Lago em O Salvador da Pátria. A eutanásia, que causou polêmica em Os Gigantes, foi retomada na segunda fase através do personagem Otávio (Luiz Carlos Miele), doente, que pede à mulher Manuela (Françoise Forton) que dê fim a seu sofrimento.
No site da Record foi criada uma enquete com a seguinte pergunta: "Quem é o maior cidadão brasileiro?" com as seguintes opções de voto: Carmem Miranda, Machado de Assis, D. Pedro II, Éder Jofre, Oscar Niemeyer, Ayrton Senna, Pelé, Santos Dumont, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
O próprio autor da trama fez propaganda da sua novela. Ele apareceu em Prova de Amor, no táxi de Padilha (André Mattos). Lucélia Santos e Paloma Duarte fizeram o mesmo.
Divergências entre Lauro César Muniz e Flávio Colatrello causaram o desligamento do diretor geral da novela. João Camargo entrou para a equipe de diretores e Ivan Zettel assumiu a direção geral. Logo após, Henrique Martins foi contratado novamente como diretor pela emissora. Passando a integrar o time de diretores, Henrique substituiu João Camargo, que foi cuidar de outro projeto da emissora, a próxima novela, que inauguraria o horário das 18 horas: Alta Estação.
O autor criou um personagem só para ações de merchandising. Na trama, um ator sozinho protagonizou 21 ações integradas de marketing em prol da Fundação Bradesco.
"Eles me chamavam de "Merchan'", lembrou Juliano Righetto, que encarnou o homem da propaganda. "O nome do personagem era Augusto Varela, mas virou Augusto "Merchan"!"
Durante a segunda fase, em que a personagem Luiza, vivida por Paloma Duarte, já aparece com a filha aos dez anos, um fato curioso marcou a novela. A atriz-mirim Ana Clara Sanches Winter, intérprete de Dóris, a filha da personagem Luiza, é também na vida real filha de Paloma Duarte (com o ator Marcos Winter).
O último capítulo foi ao ar numa segunda-feira (20/11/2006), como estratégia da emissora para não estrear a novela substituta, Vidas Opostas, no mesmo dia da estréia da global Pé na Jaca.
Fotos
Créditos
Record - 20h30 / 22h
de 13 de março a 20 de novembro de 2006
213 capítulos
novela de Lauro César Muniz
escrita por Lauro César Muniz e Rosane Lima
colaboração de Dora Castellar
direção de Flávio Colatrello, Fábio Junqueira, Ivan Zettel, João Camargo e Henrique Martins
direção geral de Flávio Colatrello e Ivan Zettel
núcleo Hiran Silveira
A trama que girou em torno do empreendedor Antônio Maciel, contou ao todo com três fases: 1955 a 1960, década de 60 e década de 70. Ainda, houve um epílogo nos dias atuais (2006).
O orçamento de cada capítulo ficou em torno de 150 mil reais. A estreia se deu no mesmo dia em que a Globo levou ao ar o primeiro capítulo do remake de Sinhá Moça, às 18 horas. A Record, visando chamar a atenção dos telespectadores para sua nova trama que estreava na mesma data, sorteou automóveis e uma casa a quem respondesse à pergunta "qual a novela da Record que estréia dia 13 de março?".
A novela estreou às 20h30, mas a entrada no ar da propaganda eleitoral gratuita provocou mudança no horário para as 21h20. Já próxima do fim, nova alteração, para as 22 horas, numa estratégia da emissora para acostumar o público com este novo horário de novelas.
Em uma das primeiras reuniões do autor com a Record, a intenção era de levar a novela ao ar no segundo semestre de 2005. A demora para encontrar atores e diretores que não estivessem contratados por outra emissora fez com que a Record adiasse por vários meses a estreia da trama.
Com o mercado de dramaturgia crescendo em todas as emissoras, a busca atrás de atores para a escalação do casting foi grande. A vontade da Record de constituir um elenco de ex-globais fez com que a Globo assinasse contrato com grande parte de seus artistas, que antes trabalhavam por obra. A solução foi negociar em segredo com os profissionais para que a concorrente não os procurasse.
O nome do protagonista, Antônio Maciel (Gabriel Braga Nunes), é uma fusão de dois outros personagens de Lauro César Muniz: João Maciel (Paulo Gracindo) de O Casarão (1976), e Antônio Dias (Tarcísio Meira) de Escalada (1975) - a novela global que serviu de base para a produção da Record, com história retrabalhada pelo próprio autor.
Dois atores participaram tanto de Cidadão Brasileiro quanto de Escalada: Cecil Thiré e André Valli. Este último interpretou o personagem Zoreia em Escalada - um dos cúmplices do golpe na cidade do interior na primeira fase -, e em Cidadão Brasileiro André Valli foi Gasosa, outro personagem, mas que teve na trama função semelhante.
Boa parte da trama se passava na cidade de Guará, no interior paulista. Foi uma homenagem do autor à cidade onde ele cresceu. Para isso foi construída uma cidade cenográfica em uma fazenda em Bragança Paulista, interior de São Paulo. Foi investido R$ 1,5 milhão na construção da cidade, que contou com 40 alqueires, o equivalente a 1 milhão de metros quadrados.
Ao longo da história, o autor fez referências a personagens e temas de outras obras suas. Atílio (Floriano Peixoto), chefe político de Guará, citou uma cidade próxima, que seria Tangará - utilizada por Muniz em O Casarão e O Salvador da Pátria - e um político local, Quinzote, personagem de Mário Lago em O Salvador da Pátria. A eutanásia, que causou polêmica em Os Gigantes, foi retomada na segunda fase através do personagem Otávio (Luiz Carlos Miele), doente, que pede à mulher Manuela (Françoise Forton) que dê fim a seu sofrimento.
No site da Record foi criada uma enquete com a seguinte pergunta: "Quem é o maior cidadão brasileiro?" com as seguintes opções de voto: Carmem Miranda, Machado de Assis, D. Pedro II, Éder Jofre, Oscar Niemeyer, Ayrton Senna, Pelé, Santos Dumont, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
O próprio autor da trama fez propaganda da sua novela. Ele apareceu em Prova de Amor, no táxi de Padilha (André Mattos). Lucélia Santos e Paloma Duarte fizeram o mesmo.
Divergências entre Lauro César Muniz e Flávio Colatrello causaram o desligamento do diretor geral da novela. João Camargo entrou para a equipe de diretores e Ivan Zettel assumiu a direção geral. Logo após, Henrique Martins foi contratado novamente como diretor pela emissora. Passando a integrar o time de diretores, Henrique substituiu João Camargo, que foi cuidar de outro projeto da emissora, a próxima novela, que inauguraria o horário das 18 horas: Alta Estação.
O autor criou um personagem só para ações de merchandising. Na trama, um ator sozinho protagonizou 21 ações integradas de marketing em prol da Fundação Bradesco.
"Eles me chamavam de "Merchan'", lembrou Juliano Righetto, que encarnou o homem da propaganda. "O nome do personagem era Augusto Varela, mas virou Augusto "Merchan"!"
Durante a segunda fase, em que a personagem Luiza, vivida por Paloma Duarte, já aparece com a filha aos dez anos, um fato curioso marcou a novela. A atriz-mirim Ana Clara Sanches Winter, intérprete de Dóris, a filha da personagem Luiza, é também na vida real filha de Paloma Duarte (com o ator Marcos Winter).
O último capítulo foi ao ar numa segunda-feira (20/11/2006), como estratégia da emissora para não estrear a novela substituta, Vidas Opostas, no mesmo dia da estréia da global Pé na Jaca.
Fotos
Créditos
Record - 20h30 / 22h
de 13 de março a 20 de novembro de 2006
213 capítulos
novela de Lauro César Muniz
escrita por Lauro César Muniz e Rosane Lima
colaboração de Dora Castellar
direção de Flávio Colatrello, Fábio Junqueira, Ivan Zettel, João Camargo e Henrique Martins
direção geral de Flávio Colatrello e Ivan Zettel
núcleo Hiran Silveira
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